Tecido Muscular Estriado Cardíaco

Brancalhão, R.M.C.; Ribeiro, L.F.C.; Lima, B.; Kunz, R.I.; Cavéquia, M.C.¹

  As células que integram o tecido muscular cardíaco têm aspecto cilíndrico, são ramificadas e apresentam extremidades irregulares. Essas células são conhecidas como fibras musculares cardíacas, células do miocárdio, miócitos, cardiócitos ou cardiomiócitos. Seu tamanho varia de 10-20 µm de diâmetro e 85-100 µm de comprimento. Normalmente, apresentam um núcleo central e o citoesqueleto forma estriações transversais no citoplasma – como observado, também, no estriado esquelético. Em corte transversal, as células se apresentam justapostas, com contornos irregulares e perfis em vários tamanhos.

  Nas extremidades dos cardiócitos, observam-se discos intercalares – que são junções intercelulares complexas, que atuam tanto na adesão, como na comunicação, possibilitando o funcionamento coordenado do tecido (contração em sincronia). Os discos intercalares aparecem como linhas retas ou exibem um aspecto em escada (escalariforme). No citoplasma, o reticulo sarcoplasmático mostra-se menos desenvolvido que na musculatura estriada esquelética e a demanda de cálcio – essencial para a contração – é suprida, principalmente, pelo íon oriundo do meio extracelular. Diferentemente do músculo liso, apresentam túbulos T.

  Na análise histológica, nota-se, ainda, uma delicada bainha de tecido conjuntivo, equivalente ao endomísio do músculo esquelético, que circunda as células cardíacas. A lâmina basal também está presente.

  No organismo, o tecido muscular cardíaco é encontrado no músculo do coração (miocárdio).

  O controle nervoso é involuntário, com contração rítmica e espontânea. Essas características são essenciais na fisiologia cardíaca, visto que é o que possibilita os batimentos do coração, o que impulsiona o sangue na circulação.

  Finalmente, é importante ressaltar que as células musculares cardíacas têm vida longa e não se dividem. Ou seja, o tecido não apresenta capacidade de regeneração.

¹ Como citar:

  • Nas referências: BRANCALHÃO, R.M.C.; RIBEIRO, L.F.C.; LIMA, B.; KUNZ, R.I.; CAVÉQUIA, M.C. Tecido muscular, 2016. Disponível em: <http://projetos.unioeste.br/projetos/microscopio/. Acesso em: 16 de jul. 2016. (conforme data de acesso ao site);
  • No texto: Brancalhão et al. (2016) ou (BRANCALHÃO et al., 2016).

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