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Projeto de Pesquisa identifica dejetos humanos no Rio Cascavel

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Por: Bruno Rodrigo

O trabalho com extensão e pesquisa da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), é um case de sucesso. São diversos projetos de áreas distintas que contribuem para a sociedade de várias maneiras. E um desses projetos identificou poluentes humanos no principal rio da cidade, o Cascavel. Intitulado Avaliação Cronológica na composição da mata do parque Paulo Gorski e sua influência na qualidade da água do Rio Cascavel por indicadores microbiológicos”, o projeto de pesquisa coordenado pela professora Fabiana Gisele da Silva Pinto, consiste na coleta de amostras da água do rio Cascavel e busca identificar os micro-organismos ali presentes.

O resultado de coleta das amostras evidenciou que o Rio Cascavel vem sofrendo com a poluição humana. Foram encontradas amostras de E. Coli tanto de animais presentes na região, quanto de origem humana “Nós conseguimos por meio perfil molecular identificar tanto amostras oriundas de animais, como amostras oriundas de provavelmente contaminação humana. Após a identificação das possíveis fontes de contaminação, sabemos que em relação as de origem animal não há muito o que fazer, pois são bactérias ambientais que não apresentam problemas. Agora como temos amostras de perfil humano encontradas lá, nos dá um indicio de que tenha algum esgoto clandestino indo para o rio. Então isso deve ser identificado para saber de onde vem, para que seja remediado e não volte a acontecer. No entanto, não se sabe ainda, onde fica localizado o foco de contaminação” afirma Fabiana.

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O objetivo principal do projeto é fazer o monitoramento mensal da água do rio, desde sua nascente até alguns pontos mais abaixo dentro do município de Cascavel. A primeira publicação acerca dessa temática foi realizada em 2010, ainda como um TCC. Anos depois a professora resolveu resgatar o material e realizar uma pesquisa, dessa vez mais aprofundada, sobre as condições do rio.

“Esse projeto especificamente começou em 2016, mas anteriormente desde 2010 já fazemos algumas pesquisas com objetivos científicos, mas não muito aprofundadas. Vimos que ninguém mais havia desenvolvido pesquisa em torno do Rio Cascavel, então tivemos interesse de fazer novamente esse levantamento. Assim retornamos para verificar quais seriam as condições desse rio. Fizemos coleta, isolamos os coliformes termos tolerantes, no caso as esqueriquiacoli e fizemos um trabalho de caracterização molecular dessas amostras. Tive a colaboração de um ex-professor aqui da Unioeste, Thomas Fruet, que foi meu aluno também na época de pós-graduação e iniciou esse projeto comigo. Depois outros alunos, um de mestrado e uma de iniciação científica, contribuíram para o desenvolvimento do mesmo. Então esse projeto consistiu em coletas mensais avaliando as condições físico-químicas e microbiológicas do rio Cascavel ao longo de 6 pontos. Além disso nós ampliamos esse projeto e o aluno de mestrado acabou não só trabalhando com o Rio Cascavel, mas também com outros 5 rios da bacia hidrográfica da região” completa a professora.

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O próximo passo do projeto, que se encerra em fevereiro de 2019, é tabular os dados obtidos das análises. “Ainda não fechamos todas as etapas. Estamos com quase todos os dados que estão sendo tabulados, e temos que concluir até fevereiro de 2019. Uma parte já tabulamos e verificamos algumas condições. O que eu posso afirmar é que por enquanto os dados estão indicando que as condições do rio não sofreram melhora, na verdade nenhuma atitude em relação a isso foi feita, e que provavelmente ele continue recebendo algum esgoto clandestino".

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