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SEURS: Projeto discute inclusão da terceira idade na era digital

 

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O Seminário de Extensão Universitária da Região Sul (SEURS) é um evento que ocorrerá na cidade de Balneário Camboriú - Santa Catarina, entre os dias 3 a 5 de agosto e contará com apresentadores da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Um dos projetos a serem apresentados é o da professora Roseli Odorizzi intitulado “Terceira Idade, Inclusão Digital e Educação Permanente na UNATI: Uma proposta de inclusão e inserção social do Idoso”.

O projeto resume-se em o prolongamento da vida humana e a conquista de melhor qualidade de vida dos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, é imperativo proporcionar a pessoa idosa melhor maneira de acessar à cultura e entretenimento e formas de preservação da saúde mental e ocupação do tempo livre. Roseli descreve que “os indivíduos, independente da sua faixa etária, que não dominam essa tecnologia, se sentem excluídos por desconhecerem essa nova linguagem que permeia todo o tipo de convívio social” finaliza.

O projeto de inclusão digital foi implantado no Programa Universidade Aberta à Terceira Idade - UNATI em 2000 e a partir de abril de 2008, a proposta do projeto foi ampliada para a oferta de acesso e domínio de diversos outros equipamentos do mundo digital, reiterando o compromisso do Programa em criar mecanismos de atualização e ampliação de seus conhecimentos, uma maior participação e inclusão social e política, valorização de suas experiências/vivências e ferramentas efetivas de mudanças qualitativas no seu cotidiano.

Roseli conta que “a inclusão digital não pode ser entendida apenas como oferecer um computador ou qualquer outro instrumento digital, mas sim ensinar a utilizá-lo. As pessoas adultas e idosas, embora estejam passando por uma fase de mudanças fisiológicas, ainda buscam sua atualização e crescimento intelectual por meio de um processo de aprendizagem apoiado pela tecnologia sob a ótica da inclusão digital” comenta.

A metodologia de ação do projeto propicia uma melhor compreensão por parte dos alunos adultos e idosos e promove uma forma de ensino personalizada, em que os conteúdos são apresentados respeitando o tempo de assimilação, interesse e expectativa do adulto e idoso participante. A equipe pedagógica é composta por professor-orientador pedagógico e jovem-professor e se aplica nas seguintes etapas: construção da interação do jovem-professor com o adulto ou idoso, preparação e capacitação do jovem-acadêmico e jovem-voluntário da comunidade, que são professores no projeto, desenvolvimento de módulos e atividades correlatas. As aulas ocorrem semanalmente, com duração de duas horas para cada turma do módulo básico e do módulo avançado. O acompanhamento é personalizado e devem respeitar o ritmo de aprendizagem e o interesse do idoso em aprender as ferramentas de informática e os demais equipamentos digitais. Apesar de atender as requisições e as necessidades individuais, alguns conteúdos são obrigatórios, já que são pré-requisitos básicos para o uso de ferramentas mais avançadas ou específicas, os quais são estabelecidos pela equipe pedagógica.

Os resultados apontam que os idosos apresentam muitas razões para aprender as novas tecnologias, porém apresentam dificuldades de aprendizagem específicas que podem ser superadas seguindo etapas gradativas de aprendizagem; requerem auxílio na medida da necessidade de cada um, pois, todos trazem um grau diferenciado de aproximação à linguagem computacional e um ritmo próprio que precisa ser medido e considerado no processo de ensino aprendizagem, bem como, boa iluminação e frequentes exercícios de repetição para a assimilação de conteúdo. Roseli observa ainda que “o aumento do interesse do adulto e idoso de estar conectado com o mundo digital e o contato com o Projeto o estimula a comprar seu computador e a buscar e querer se aperfeiçoar cada vez mais o seu uso, principalmente para utilizá-lo na comunicação com amigos e familiares, pesquisas e entretenimento” e em paralelo fala sobre a experiência dos participantes do programa “para os jovens acadêmicos e voluntários da comunidade, o projeto tem se constituído num espaço de encontro e vivência de gerações, onde a troca se estabelece na relação amistosa e a certeza de que os benefícios trazidos pela aprendizagem tecnológica na terceira idade causam mudanças no comportamento desta população que influencia e interage com as demais gerações” destaca.

Roseli Odorizzi é mestre em Serviço Social e Políticas Sociais, Especialista em Fundamentos da Prática do Assistente Social e Professora Assistente do Centro de Ciências Sociais Aplicadas - CCSA da Unioeste. Também é autora e Coordenadora do Programa de Extensão Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI) nos campi de Toledo e Foz do Iguaçu. Para ter acesso ao site do SEURS segue o link http://eventos.ifc.edu.br/seurs2016/.

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