Unioeste Toledo fortalece formação de Tecnologia em Aquicultura com integração acadêmica
Desde o ano passado, os cursos de Engenharia de Pesca e Tecnologia em Aquicultura da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Toledo, estão integrados. Com a mudança, o interesse dos estudantes tem crescido, devido ao menor tempo de formação e às novas possibilidades acadêmicas.
“Com a alteração, observamos um crescimento expressivo no ingresso ao curso. Além disso, tivemos uma mudança no perfil dos alunos que entram: não é um público que acabou de sair do ensino médio, são pessoas que já têm uma graduação e estão procurando outra formação, ou até mesmo tentando ingressar no ramo da aquicultura”, destacou o coordenador cursos de Engenharia de Pesca e Tecnologia em Aquicultura, Prof. Dr. Pitágoras Augusto Piana.
O curso superior de Tecnologia em Aquicultura possui duração de três anos, com foco no ensino prático e na rápida inserção no mercado de trabalho. Ao concluir o terceiro ano do curso, o acadêmico recebe o diploma de Tecnólogo em Aquicultura, podendo dar continuidade à formação e obter o diploma de Bacharel em Engenharia de Pesca em mais dois anos.
“Nós estamos mudando gradativamente as grades dos cursos. Este ano, já temos o primeiro e o segundo ano de Tecnologia em Aquicultura e o terceiro, quarto e quinto anos de Engenharia de Pesca. No ano que vem, teremos o curso de Tecnologia em Aquicultura completo, com o primeiro, segundo e terceiro anos, além do quarto e quinto ano de Engenharia de Pesca”, informou Pitágoras.
O docente explica que a mudança gradativa continuará até que ambos os cursos sejam noturnos, oferecendo ao estudante novas possibilidades acadêmicas. “Essa mudança traz uma vantagem para quem quer continuar, por exemplo, no mestrado, pois é possível concluir o curso de Tecnologia em Aquicultura, ingressar no mestrado e, opcionalmente, também na Engenharia de Pesca. Assim, ao final de cinco anos, ele pode obter os títulos de Tecnólogo em Aquicultura, Engenheiro de Pesca e Mestre em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca.”
A acadêmica Gabriela Almeida, do primeiro ano de Tecnologia em Aquicultura, comenta sobre as mudanças e sua experiência: “Optei pelo curso porque trabalho na área da piscicultura de terminação no campo e busco atuar em outra etapa do sistema de produção, com extensão rural. Mas, no futuro, sonho com a vida acadêmica e o curso me proporciona isso. As mudanças no curso me permitem trabalhar no período da manhã”, comentou.
Piscicultura no Paraná
De acordo com os dados do Anuário do Peixe de 2024, da Associação Brasileira de Piscicultura, o Paraná é líder nacional, responsável por 36% da produção nacional de tilápia e por 25% de toda a produção de peixes do país, o que torna o estado uma referência na piscicultura brasileira.
A região Oeste do Estado tornou-se um epicentro da piscicultura, sendo um exemplo de inovação, pesquisa e tradição. Com isso, a necessidade de mão de obra especializada também tem crescido.
“Sempre que fazemos mudanças, ouvimos os alunos, os docentes, os egressos e a comunidade em geral. Com base nisso, identificamos a necessidade de alterações e, com isso, conseguimos formar um profissional em menor tempo e mais direcionado ao mercado de trabalho local, que foi uma das principais demandas apresentadas pela comunidade externa”, ressaltou o coordenador do curso.
Texto: Gustavo Vieira