Campus Marechal: Projeto de Equoterapia traz avanços significativos para crianças
Foi por meio de uma postagem nas redes sociais que a pedagoga Edivane Clemente Simon, mãe de Antônio Osvaldo Pascuti Neto, de oito anos, ficou sabendo do projeto de Equoterapia, desenvolvido pelo curso de Zootecnia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Marechal Cândido Rondon.
Antônio tem diagnóstico de autismo nível III não verbal e TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade). Após o início da Equoterapia, o filho ficou ainda mais amoroso e tranquilo, o que também contribuiu para o desenvolvimento de outras terapias, como fonoaudiologia, psicomotricidade, psicoterapia e natação.
“É um projeto sensacional que promove experiências sensoriais para as crianças, algo que outras terapias não conseguem oferecer. O fato de as crianças montarem no cavalo, sem sela, permite que elas sintam o pelo do animal e os movimentos tridimensionais do corpo do cavalo, o que traz resultados muito positivos”, comentou Edivane.
O projeto também tem sido importante para a manicure, Rebeca Mayara Bohnen, mãe de Bernardo Henrique Bohnen de Carvalho, ele também tem diagnóstico de autismo e hiperatividade. Por ser bastante agitado, a terapia permitiu que conseguisse desacelerar e ter maior concentração nas atividades. “O Bernardo é curioso e gosta de explorar tudo. A terapia com os cavalos fez com que ele ficasse mais calmo e centrado. Tanto em casa quanto na escola, percebemos essa mudança em sua vida, por meio da equoterapia”, explicou Rebeca.
O projeto de terapia com o uso de cavalos começou em 2010, inicialmente priorizando crianças com dificuldades escolares. Com o passar dos anos, e a chegada de casos apresentando diagnósticos de crianças com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade), percebeu-se a necessidade de atender também crianças neuro divergentes. “Apesar dos resultados muito positivos em crianças neuro divergentes, atendemos também crianças que não são neuro divergentes, adultos que têm medo de cavalos por algum trauma de infância e, mais recentemente, recebemos a visita de idosos”, explicou a coordenadora do projeto de Equoterapia, Ana Alix Oliveira.
Além dos resultados positivos para as pessoas que participam da equoterapia, o projeto oferece aos alunos de Zootecnia uma vivência diferente da que a sala de aula proporciona. “É um ganho extraordinário participar do projeto e atender à comunidade. Além disso, trabalhamos para garantir que os animais estejam saudáveis e em condições de oferecer bons resultados na terapia. Outro ponto positivo é que, aqui no projeto, nós, como estudantes, podemos visualizar muitas possibilidades de trabalho depois de formados”, comentou Mariana Bialeski Figueira, bolsista do projeto.
Atualmente, o projeto de equoterapia atende 22 crianças de Marechal Cândido Rondon, que participam de 6 a 10 sessões. Os interessados em ter acesso ao projeto devem procurar a Secretaria de Assistência Social de Marechal Cândido Rondon.
Texto: Liliane Dias