Unioeste registra alta na cesta básica na região Sudoeste
Uma pesquisa realizada pelo Grupo de pesquisa em Economia, Agricultura e Desenvolvimento (GPEAD), do curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), registrou alta de 0,58% nos valores da cesta básica de alimentos em Francisco Beltrão, no Sudoeste, e em cidades próximas àquela região no mês de novembro em comparação a outubro, sendo a terceira alta consecutiva na região Sudoeste.
Os produtos que tiveram alta foram: Carne vermelha, óleo de soja, café, batata e tomate. Em relação à retração nos preços médios, destaca-se a banana e o feijão. No período entre novembro de 2023 e novembro de 2024, o preço médio da carne de primeira registrou alta em Dois Vizinhos (11,65%), Francisco Beltrão (18,68%) e em Pato Branco (8,00%). Os índices verificados acompanharam a pesquisa nacional realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
Segundo avaliação dos pesquisadores, a alta no preço da carne vermelha foi puxada pela queda na oferta do produto nos mercados interno e externo. Em relação ao óleo de soja o crescimento do volume exportado e a oferta interna menor pressionaram o valor do produto no varejo, apesar das expectativas positivas em relação à produção de soja no país.
Já no acumulado dos últimos 12 meses, o custo médio da Cesta Básica de alimentação registrou alta em Dois Vizinhos (9,18%), em Francisco Beltrão (9,50%), e em Pato Branco (10,72%).
Os produtos que apresentaram maior elevação acumulada em 12 meses foram: Batata, (91,79%) em Francisco Beltrão, (47,20%) em Pato Branco; Café (52,04%) em Pato Branco e (39,81%) em Francisco Beltrão; e o óleo de soja (44,93%) em Francisco Beltrão.
O cálculo do valor gasto com a alimentação básica para uma família de tamanho médio deveria, conforme a pesquisa, em novembro, ser de: R$ 5.334,81 em Dois Vizinhos; R$ 5.321,03 em Francisco Beltrão e R$ 5.406,89, em Pato Branco.
A partir desses índices, a pesquisa mostra que a grande maioria das famílias brasileiras não recebem o suficiente para suprir os gastos com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, conforme apregoa a Constituição Federal.
Mara Vitorino