Alimentos da cesta básica registram alta no Sudoeste

Uma pesquisa realizada pelo curso de Economia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus de Francisco Beltrão, registrou, em setembro, aumento no custo de cesta básica na região Sudeste do Paraná nos valores do café, do leite do óleo de soja e da carne de primeira, principalmente.

               O acréscimo foi identificado após dois meses consecutivos de queda no valor dos alimentos, julho e agosto, segundo o mesmo levantamento. A pesquisa é realizada com metodologia do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos e pelo Grupo de Pesquisa em Economia, Agricultura e Desenvolvimento ( GPEAD) da Universidade.

Conforme a pesquisa, o café teve alta de 7,26%, em Dois Vizinhos; 5,67%, em Francisco Beltrão e de 4,85% em Pato Branco. O leite, por sua vez, teve alta de  4,53%, em Dois Vizinhos, de 10,66 em Francisco Beltrão de 12,77, em Pato Branco. Já o óleo de soja subiu 7,26%, em Dois Vizinhos, 5,67%, em Francisco Beltrão e de 4,85 em Pato Branco.

Nas cidades pesquisadas no Sudoeste do Paraná, o preço médio da carne bovina de primeira aumentou em Dois Vizinhos (3,68%) e Francisco Beltrão (1,19%), já em Pato Branco houve uma pequena queda nos preços (-0,27%) deste item.

Considerando os valores da cesta básica para as localidades pesquisadas pelo GPEAD, o salário-mínimo deveria ter sido, em agosto, de: R$ 5.194,01 em Dois Vizinhos; R$ 5.038,67 em Francisco Beltrão e R$ 5.046,91, em Pato Branco. Os preços dos itens da cesta básica, elevados no Sudoeste, também tiveram alta nas principais capitais do País.

No acumulado dos últimos 12 meses, o custo médio da Cesta Básica de alimentação em Dois Vizinhos foi de 5,09%, em Francisco Beltrão 3,76%, e em Pato Branco 1,50%.

Os produtos que apresentaram maior elevação acumulada em 12 meses foram: a batata, (71,46%) em Francisco Beltrão, o arroz (37,08%) em Dois Vizinhos, o óleo de soja (21,73%) em Francisco Beltrão e o leite (20,38%) em Dois Vizinhos.

Segundo a análise do Diesse, clima, comportamento do mercado nacional e internacional, fenômeno oferta e procura, entre outros fatores interferem nos preços dos alimentos.

Equiparação

Já no quesito equiparação salarial em relação ao salário-mínimo, também verificado na pesquisa, os dados apurados na pesquisa, para o mês de setembro é possível observar a que o mínimo nacional então vigente, tanto o bruto, fixado em R$ 1.412,00 quanto o líquido, em R$ 1.306,10 mostraram-se insuficientes para assegurar a aquisição da Cesta Básica de Alimentos para as famílias. Para o mês de setembro a cesta de maior valor foi a de Dois Vizinhos, R$ 618,26, seguida por Pato Branco, R$ 600,75 e, a de menor valor foi a de Francisco Beltrão, R$ 599,77.

Texto: Mara Vitorino