Unioeste comemora 25 anos da primeira dissertação de mestrado

No dia 05 de agosto de 1999, há 25 anos, aconteceu a primeira defesa de dissertação de mestrado na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Com o título “Controle de Qualidade da Matéria Prima de uma Fábrica de Ração para Frangos”, a defesa foi realizada pela mestranda em Engenharia Agrícola, Débora Rosa Rafaelli, orientada pelo professor-doutor Marcio Antonio Vilas Boas, que conta um pouco como foi fazer parte dessa precursão histórica do curso de Engenharia Agrícola. Nesse mesmo mês, o curso de bacharel em Engenharia Agrícola, do campus de Cascavel, também comemora 45 anos de atuação na Unioeste 

Para o Reitor da Unioeste, professor Alexandre Almeida Webber, a história da Unioeste foi transformada pelos programas de pós-graduação, que se tornaram motores de desenvolvimento regional e estadual por meio do ensino e da pesquisa. O trabalho e a dedicação contínua de agentes universitários, professores e alunos da Unioeste em promover a excelência acadêmica e a pesquisa de ponta são evidenciados nos resultados conquistados. “Somos a primeira Universidade Estadual do Paraná a alcançar a nota 5 no Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC), do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do MEC. A universidade não apenas forma profissionais competentes, mas também gera conhecimento e inovação, contribuindo de maneira fundamental para o progresso social e econômico do Paraná”. 

A Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, professora Sanimar Busse, destaca que a trajetória iniciada em 1999 é um testemunho do crescimento e da dedicação da Unioeste em promover a educação de alta qualidade e a pesquisa de ponta, contribuindo de maneira significativa para o desenvolvimento da região e do estado. Esse marco inicial não apenas abriu portas para a verticalização acadêmica da instituição, mas também impulsionou uma série de avanços que consolidaram a Unioeste como um polo de excelência educacional e científica.  

Segundo o professor Dr. Jerry Johann, Diretor de Pós-graduação da PRPPG, “esse momento pioneiro foi um divisor de águas que pavimentou o caminho para a expansão da pós-graduação na Unioeste. Atualmente, temos o orgulho de contar com 38 programas de pós-graduação, abrangendo 58 cursos de mestrado e doutorado, distribuídos em diversas áreas do conhecimento. Esses números refletem nosso compromisso contínuo com a excelência acadêmica e o desenvolvimento científico da Paraná”. 

Para a coordenadora do Programa de Pós-graduação em Engenharia Agrícola professora Dra. Silvia Renata Machado Coelho, é gratificante contribuir e acompanhar o crescimento do Programa ao longo dos anos. “Como coordenadora do Programa de Pós-graduação em Engenharia Agrícola, é um privilégio e uma honra testemunhar o impacto e a relevância que o programa tem tido ao longo dos anos. Ver nosso programa fazer parte da história da Unioeste, especialmente sendo responsável pela primeira defesa de mestrado da universidade há 25 anos, é um marco que reforça nosso compromisso com a excelência acadêmica e a formação de profissionais altamente qualificados. Esse feito não apenas destaca a trajetória de sucesso do PGEAGRI, mas também simboliza a dedicação de todos os docentes, alunos e colaboradores que, ao longo dessas duas décadas e meia, contribuíram para o crescimento e consolidação do programa. Celebrar este aniversário é uma oportunidade de refletir sobre o passado, reconhecer os desafios superados e, ao mesmo tempo, projetar o futuro, buscando continuamente inovar e fortalecer nossa atuação no cenário nacional e internacional”, disse a coordenadora. 

O professor Marcio diz que nos últimos 25 anos a pós-graduação alavancou recursos que permitiram o avanço da pesquisa da pós-graduação da Unioeste. “Essa realidade permite o efetivo envolvimento de acadêmicos do curso com a realidade da pesquisa”, lembrando ainda que a banca examinadora desta defesa foi composta pelos professores doutores Marcio Antônio Vilas Boas, Káthia de Carvalho Cunha, e Miguel Angel Uribe Opazo, todos do curso de Mestrado, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola da Unioeste, e pelo professor Dr. Eduardo Teixeira da Silva, que na época atuava nos cursos de Ciências do Solo, Produção Vegetal, Modelagem Matemática e Monitoramento do Meio Ambiente na Universidade Federal do Paraná (UFPR). 

O curso 

O curso de Engenharia Agrícola passou a ser ofertado como opção profissional no Brasil a partir de 1973. Neste ano, a Universidade Federal de Pelotas/Rio Grande do Sul criou a primeira graduação no país como consequência estratégica de trabalhos que envolveram diferentes órgãos, como o Instituto Interamericano de Ciências Agrárias, da Organização dos Estados Americanos (OEA), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), renomadas universidades e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). 

No Estado do Paraná, o primeiro curso de Engenharia Agrícola foi implantado na Unioeste, na época chamada de Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FECIVEL), do campus de Cascavel, tendo iniciado suas atividades em agosto de 1979. Portanto, o curso de Engenharia Agrícola da Unioeste foi, na história do Brasil, o quinto curso a iniciar suas atividades de formação. Desde sua implantação foram formados inúmeros profissionais Engenheiros Agrícolas na instituição. 

A partir do final da década de 80 e início da década de 90, houve significativa mobilização da equipe de docentes da Unioeste para atingir qualificação em nível de mestrado e de doutorado. Não é surpresa que esta equipe de professores tenha trabalhado tanto para conquistar os primeiros cursos de pós-graduação stricto sensu - mestrado e doutorado da Unioeste. O Programa de Pós-graduação em Engenharia Agrícola teve o curso de mestrado implantado em 1997 e de doutorado em 2006.  

A trajetória de sucesso da Unioeste não seria possível sem o esforço e a dedicação dos docentes do curso de Engenharia Agrícola. Foi graças à visão e ao empenho desses pioneiros que a pós-graduação stricto sensu foi institucionalizada na nossa universidade, criando um legado que continua a prosperar e a inspirar novas gerações de acadêmicos e pesquisadores.