Unioeste avança em projeto de Laboratório de Microrredes
O programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Computação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Foz do Iguaçu, avança para as etapas de testes e avaliação de resultados do projeto de pesquisa intitulado “Implementação de um laboratório multiplataforma para avaliar estratégias de controle, operação e proteção em microrredes (MRs)”.
O projeto conta com a supervisão e coordenação do Prof. Dr. Adriano Batista Almeida, sendo patrocinado pela Itaipu Binacional. O objetivo do laboratório é desenvolver estudos para a integração ao sistema elétrico de Geração Distribuída proveniente de fontes de energia alternativas, tais como fotovoltaicas e eólicas.
Dessa forma, pretende-se viabilizar a operação de MRs como uma forma de fornecimento de energia de modo mais seguro, confiável e de qualidade em paralelo a rede convencional de energia, a qual pode apresentar falhas ou não alcançar áreas remotas e de infraestruturas frágeis.
O projeto iniciou suas atividades em agosto de 2021 e tem previsão de conclusão em novembro deste ano. A equipe responsável pela execução do projeto é constituída por três alunos bolsistas e um professor do mestrado.
Docentes e pesquisadores de diversas instituições de ensino nacionais e internacionais tiveram importantes contribuições na troca de conhecimentos e experiências para a elaboração do laboratório. Com destaque para o Prof. Cassius Rossi de Aguiar da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) - Toledo; Prof. Clodualdo Venicio de Sousa da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) -Itabirá e Prof. Miguel Castilla da Universitat Politècnica de Catalunya - Espanha.
Além desses professores, o laboratório já contou com a visita do Prof. Nicolás Muñoz Galeano da Universidade de Antioquia (UdeA) - Colômbia; Prof. Ricardo Quadros Machado da Universidade de São Paulo (USP) - São Carlos; Prof. João Manoel Lenz da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) e Prof. Diogo Marujo da UTFPR - Medianeira.
Qualificação Multidisciplinar
O laboratório também servirá para práticas de ensino para estudantes de diversos cursos e especializações como as graduações em Engenharia Elétrica, Mecânica e Ciência da Computação da Unioeste. De acordo com o coordenador do projeto, Prof. Dr. Adriano Batista Almeida, o laboratório envolve uma diversidade de conceitos de diferentes áreas de estudo. Além disso, o projeto visa fortalecer a publicação de artigos científicos e a participação em seminários e eventos acadêmicos.
“O laboratório que estamos implementando oferece um ambiente controlado onde nossos alunos de mestrado e de iniciação científica poderão realizar suas pesquisas na área de microrredes de energia elétrica. A infraestrutura do laboratório permite a obtenção de resultados práticos, que são altamente valorizados atualmente, agregando grande valor às pesquisas desenvolvidas. Isso possibilita que nossos alunos divulguem seus trabalhos em revistas e eventos científicos conceituados da área”, comenta.
Unioeste e Itaipu
A Itaipu Binacional é uma grande incentivadora de projetos acadêmicos em prol da comunidade e contribui ativamente para melhoria da infraestrutura da Unioeste e modernização dos laboratórios.
Os cursos de Engenharias, Computação e Matemática da universidade são situados dentro do Parque Tecnológico Itaipu (PTI-Br), permitindo que alunos e professores tenham a oportunidade de se relacionar com profissionais da área e desenvolver soluções em conjunto.
Entre os projetos financiados pela empresa destaca-se: Escritório de Atendimento Jurídico, vinculado ao curso de Direito, que presta serviços gratuitos à comunidade e o projeto de Qualificação Multiprofissional em Assistência Hospitalar voltada para profissionais de diversas áreas da saúde, como enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos, nutricionistas, assistente social e estudantes de graduação.
Para o Superintendente de Energias Renováveis da Itaipu e gestor do projeto, Rogério Meneghetti, a demanda de contar com a universidade para elaboração do laboratório surgiu devido à crescente procura do mercado brasileiro pela área de sistemas isolados (microrredes) e o melhor caminho é através da capacitação de alunos. “Já conhecíamos os professores e sabíamos do interesse deles em executar este projeto e a Unioeste tem capacidade de fornecer profissionais no mercado que possuem esse tipo de conhecimento” afirma.
Assessoria de Comunicação Social
Mohammad Ali Fayad