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Simpósio de Filosofia discute o futuro da Filosofia no Paraná

O XXVI Simpósio de Filosofia Moderna e Contemporânea, realizado pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGFil) e pelo curso de Filosofia da Universidade estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), promoveu a roda de conversa ‘Políticas para um Futuro Afirmativo para a Filosofia no Paraná”. O debate foi motivado pelo plano de financiamento para pesquisas em inovação do Governo do Estado do Paraná.

Participaram do debate o presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF), Érico Andrade Marques de Oliveira (Universidade Federal do Pernambuco – UFPE), e os coordenadores das pós-graduações em Filosofia Charles Feldhaus (Universidade Estadual de Londrina – UEL), Federico Ferraguto (Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC/PR), Luciano Utteich (Unioeste) e Wagner Dalla Costa Félix (Universidade Estadual de Maringá – UEM).

Oliveira elogiou a situação dos programas de pós-graduação presentes no Paraná, com a consolidação de mestrados e doutorados apresentados na última avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Para ele, os Programas no estado podem estabelecer uma rede de cooperação para buscar a internacionalização e um crescimento conjunto. “Então, veio um convidado estrangeiro, vem acordos, eles podem ser distribuídos e compartilhados entre os programas. É a grande integração que o Paraná pode promover e servir de exemplo ao país. Pensar não de uma forma competitiva (que é equivocada), mas pensar de uma forma cooperativa”, disse


Félix lembrou o crescimento dos PPG’s ao longo dos últimos 20 anos. De acordo com ele, era necessário procurar programas em outros estados para fazer um mestrado ou doutorado, porque não havia um PPG em Filosofia no Paraná. O coordenador também apontou para a mudança nos objetos de pesquisa que ocorreram nos últimos anos. “Todos perceberam as mudanças que ocorreram na pesquisa em Filosofia e nas escolhas temáticas, no modo de convenção do que é e do que pode ser um tema de pesquisa em Filosofia. As questões que nós tratamos hoje, sendo discutidas publicamente no âmbito da Filosofia como questões absolutamente relevantes, como questões de gênero, de diversidade, das relações étnico-raciais, de pensar de maneira crítica do cânone da Filosofia, não eram coisas discutidas nas nossas graduações”, disse.

Feldhaus ressaltou cooperações já existentes entre a UEL e a Unioeste e outras universidades e destacou as contribuições que a Filosofia pode trazer diante das inovações tecnológicas. “Quando surgiu o projeto Genoma Humano, as pessoas ficaram com medo sobre o que aconteceria com aquilo. Hoje, o ponto é muito mais a Inteligência Artificial que Engenharia Genética, onde boa parte das questões estão resolvidas, ou mais estabelecidas. Agora, na Inteligência Artificial temos vários problemas”, disse.

Utteich apontou para o fato de o objeto de estudo da Filosofia não ser definido, ou seja, é possível estudar várias temáticas. “Tudo pode ser objeto da Filosofia. Então, nesse quesito, a inovação, nós estamos abertos para receber qualquer um que queira um tema diferente. Eu aposto que o Charles, lá na UEL, não desenvolveria uma pesquisa sobre ética animal se não tivesse chegado uma aluna para pesquisar isso. ‘Quero colocar Kant em apuros. Quero dar conta desse objeto que Kant não deu conta, ou deu conta parcialmente’. A Filosofia não tem objeto definido, nós podemos tornar qualquer coisa em objeto”, avalia.

Assessoria de Comunicação Social

Daniel Schneider

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