Central de Notícias

24 de junho: Dia Nacional de Conscientização sobre a Fissura Labiopalatina

 
 
     24 de junho é o dia nacional de conscientização da fissura labiopalatina, a escolha da data refere-se à fundação do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo, no ano de 1967 e foi o pioneiro e centro de referência no tratamento e pesquisa das anomalias craniofaciais congênitas, síndromes associadas e deficiências auditivas. A lei foi aprovada em 13 de junho de 2022, a data deve ser celebrada anualmente.
 
     A fissura labiopalatina no Brasil, afeta uma criança em cada 650 nascimentos. O que geralmente ocorre nestes casos é uma herança genética que resulta na existência de uma abertura no céu da boca, ou uma fissura no lábio superior. Essa má formação pode ocorrer em vários graus, chegando algumas vezes até a afetar o nariz do recém-nascido. Além do fator genético, o uso abusivo de álcool, drogas ou cigarros, a realização de exames de raio X na região abdominal (quando não se sabe da gravidez), a ingestão de alguns tipos de medicamentos, como corticóides, além da deficiência nutricional pela mãe durante os três primeiros meses de gestação, podem ser facilitadores da má formação.
 
     O diagnóstico pode acontecer através dos exames de ultrassonografias, mas a confirmação ocorre somente na hora do parto. O tratamento é considerado simples e o lábio pode ser reparado a partir do terceiro mês de nascimento, já o céu da boca, o a cirurgia pode acontecer a partir do primeiro ano.
 
Atendimento referência no HUOP
 
        Inaugurado no ano de 2013, o Centro de Atenção e Pesquisa em Anomalias Crânio Faciais (CEAPAC) do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop), completou 10 anos de atendimentos prestados à população.
       
         De acordo com a coordenadora do CEAPAC, Mariângela Monteiro de Melo Baltazar, na Instituição são realizados tratamento e o acompanhamento com uma grande equipe multidisciplinar tudo de forma gratuita via Sistema Único de Saúde (SUS), “No total são 45 profissionais nas oito áreas necessárias para a reabilitação, sendo elas: Odontologia (Cirurgia Bucomaxilofacial, Clínica geral, Implantodontia, Odontopediatria, Ortodontia, Prótese); Medicina (cirurgia plástica, cirurgia pediátrica, neurocirurgia, Ortopedia pediátrica, Otorrinolaringologia e Pediatria); Enfermagem, Fonoaudiologia, Genética, Nutrição, Psicologia, Serviço Social. A equipe clínica e cirúrgica conta com respaldo técnico-administrativo nas atividades de agendamento ambulatorial, cirúrgico e de exames, além de controle de estoques e aquisição de serviços, medicamentos e produtos necessários, explicou Mariângela.
 
          Além de atender as 9ª, 10ª 20ª Regionais de Saúde vinculados a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o CEAPAC atende também municípios de outras regionais. Nesses 10 anos de história, o CEAPAC já atendeu pacientes de outros estados como Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, até pacientes de outros países como: Paraguai, Argentina, Venezuela e Haiti, já fizeram tratamento junto ao CEAPAC. “Nesses 10 anos de histórias, o CEAPAC já realizou em torno de 83 mil atendimentos e/ou procedimentos ambulatoriais, em 1.784 pacientes. Em todos esses anos fizemos aproximadamente 500 cirurgias de todas as especialidades”, comemorou a coordenadora.
 
         Para o reitor da Universidade do Oeste do Paraná (Unioeste), Alexandre Webber, ressalta que nesses 10 anos de CEAPAC, diversos procedimentos foram realizados para à população, fazendo a diferença na vida de muitas pessoas “Saber que hoje existe a possibilidade de todo o acompanhamento ser realiza em nossa Instituição, sem a necessidade de muitos pais se deslocar com seus filhos para fazer tratamento em Curitiba e até para outros Estados", finalizou Webber.
 
        O diretor geral do HUOP, Rafael Muniz de Oliveira, falou sobre a importância de se ter um dia voltando à conscientização da fissura labiopalatina e o papel do CEAPAC para nossa macrorregião, “Nosso CEAPAC está sempre se especializando cada vez mais e procurando estar atualizado no tratamento de pacientes com fissura labiopalatina. Inclusive trazendo equipes de fora, fazendo mutirões de cirurgia e os números demonstram todo esse trabalho, em dez anos já foram cerca de quinhentos procedimentos realizados, além dos atendimentos e acompanhamento ambulatorial que o paciente passa desde seu nascimento. Em alguns casos, temos paciente que só vai receber alta com vinte anos de idade e é com satisfação que procuramos atender a todos de forma cada vez mais humanizada; em todas as especialidades necessárias, resultando em uma melhor qualidade de vida”, finalizou Muniz.
 
-Assessoria de Comunicação Social.
 
Fontes:
 
- Biblioteca virtual em saúde - Ministério da Saúde. (https://bvsms.saude.gov.br/fissura-labio-palatal-e-labio-leporino/)
 

Publish the Menu module to "offcanvas" position. Here you can publish other modules as well.
Learn More.