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Pint of Science discute impactos da Inteligência Artificial 

O campus de Toledo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) realizou a primeira noite do Pint of Science em Toledo. O evento aconteceu no Central Food Park e teve como tema “Sou inteligente ou artificial? Cérebro eletrônico faz tudo? Faz quase tudo...”.

Emerson Wagner, diretor executivo da TOTVS, apresentou as aplicações e potencialidades da inteligência artificial (IA) no dia a dia das pessoas. “A inteligência artificial permite que eu identifique pragas à distância, sem precisar me deslocar até a lavoura para verificar. Então, ela permite que o trabalhador seja mais produtivo”, explica. Para Wagner, o temor demonstrado atualmente com o avanço da inteligência artificial é semelhante ao visto quando houve a revolução industrial. “Quando ocorreu a revolução industrial, lá no século XIX, as pessoas temiam que as máquinas tomassem os seus empregos. E não foi o que vimos. Alguns postos de trabalho foram substituídos por máquinas, mas outros foram criados em função das máquinas”, disse.

A professora do curso de Serviço Social da Unioeste, Ana Carolina Becker Nisiide, chamou a atenção para o impacto da IA na vida cotidiana. Um dos aspectos levantados pela professora é a redução do vocabulário ocasionada pelo uso intenso das tecnologias. De acordo com Nisiide, plataformas como o ChatGPT facilitam o acesso à informação, mas, por outro lado, inibem a curiosidade de pesquisa. “Com todas as tecnologias novas que saem, imaginamos que o ser humano esteja ficando mais inteligente, mas não é isso que vem sendo notado. Nos últimos, os pesquisadores perceberam um declínio no QI [coeficiente de inteligência]. Antes das redes sociais e outras tecnologias que facilitam nossas vidas, a inteligência média aumentava”, explica.

O professor do curso de Engenharia Mecânica da Unioeste, Ricardo Schaefer, explanou as aplicações possíveis dentro da área de engenharia. De acordo com o professor, a IA auxilia na melhora de sensores em equipamentos, tornando a leitura e o processamento dos dados coletados mais rápida e precisa. “Há um possível uso bem interessante, que é o monitoramento de voos de insetos. Com a IA, torna-se possível vigiar, à distância, em quais locais da cidade há uma infestação de mosquito da dengue, por exemplo, e tomar as medidas necessárias”, aponta.

Luiz Felipe de Almeida, um dos espectadores presentes no evento, disse que compareceu por já tratar deste assunto na Comissão de Direito Digital da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). “Hoje a gente faz esta discussão sob um viés um pouco mais jurídico, mas eu acho que existem vários aspectos que as pessoas ainda não têm noção de como a IA influencia no dia a dia, no âmbito profissional e acadêmico. Acho que estamos tentando congregar algumas gerações, algumas que não têm tanta familiaridade com o assunto com outras que já vem desde cedo mexendo (seja nas redes sociais). Então, acho que contextualizar isso para todo mundo é mais do que essencial, e conciliar isso com o pessoal tomando chope facilita ainda mais”, disse. 

Assessoria de Comunicação Social 

Daniel Schneider

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