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Feijão, banana e tomate derrubam valor da cesta básica no Sudoeste

A pesquisa do custo da cesta básica de alimentação, realizada pelo Grupo de Pesquisa em Economia, Agricultura e Desenvolvimento (GPEAD) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Francisco Beltrão, e instituições parceiras, apontou queda nos três municípios pesquisados no Sudoeste do Paraná no mês de maio. Dois Vizinhos teve queda de (-4,73%), Francisco Beltrão (-1,87%) e Pato Branco (-4,87%).

A redução em relação ao mês anterior foi de R$ 29,81 em Dois Vizinhos, R$ 11,40 em Francisco Beltrão e de R$ 29,79 em Pato Branco. A cesta básica de alimentação com maior valor foi a de Dois Vizinhos, R$ 600,33, seguido por Francisco Beltrão, R$ 596,92 e de menor valor a de Pato Branco, R$ 581,74.

Segundo a pesquisa, o salário mínimo nacional, tanto o bruto (R$ 1.212,00) quanto o líquido (R$ 1.121,10), mostraram-se insuficientes para assegurar a aquisição da cesta básica de alimentação familiar. Se observada a determinação legal, para a manutenção de uma família de quatro pessoas, ou seja, se consideradas as necessidades básicas para além da alimentação, o salário mínimo deveria ter sido, em maio, de: R$ 5.043,37, em Dois Vizinhos, R$ 5.014,74 em Francisco Beltrão e R$ 4.887,18, em Pato Branco.

 

Produtos

Os produtos da cesta básica de alimentação tiveram aumentaram na maioria das capitais pesquisadas pelo Dieese foram: o pão francês, a farinha de trigo, pesquisada no Centro-Sul, o leite integral, o café em pó, o feijão do tipo carioquinha (em todas as capitais nas quais é pesquisado). Já os produtos cujos preços médios tiveram redução na maioria das capitais pesquisadas pelo Dieese foram: o feijão do tipo preto (pesquisado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro) e o tomate. Nas cidades pesquisadas pelo GPEAD, os produtos anteriormente mencionados também apresentaram o mesmo comportamento, seja em relação à elevação ou à redução em seus preços médios.

Farinha: Nas cidades pesquisadas pelo GPEAD, o aumento ocorrido na farinha de trigo foi de (6,04%) em Dois Vizinhos, (4,96%) em Francisco Beltrão e (1,62%) em Pato Branco; no pão, o aumento foi de (3,64%) em Dois Vizinhos, (4,68%) em Francisco Beltrão e (3,84%) em Pato Branco. Como destaca o Dieese, a reduzida oferta interna do trigo, a menor produção na Argentina e na Ucrânia, agregadas à “preocupação com a menor oferta mundial do produto”, explicam a elevação do preço do trigo e o seu consequente repasse para a farinha e para o pão francês.

Leite: Nas cidades pesquisadas no Sudoeste do Paraná, os aumentos foram de (1,91%) em Dois Vizinhos, (2,94%) em Francisco Beltrão e de (2,76%) em Pato Branco. Para o Dieese, o conjunto alta nas exportações, redução nas importações e entressafra, explicam o comportamento dos preços.

Café: Nas cidades pesquisadas pelo GPEAD, as variações nos preços foram as seguintes: aumentos de (0,91%) em Francisco Beltrão e de (5,54%) em Pato Branco, e redução de (-2,91%) em Dois Vizinhos. A predominância altista se deve, como informa o Dieese, ao comportamento dos preços no mercado internacional.

Feijão: Nas cidades pesquisadas pelo GPEAD, a pesquisa se dá em relação ao feijão do tipo preto. Nelas, a retração de preços foi de (-3,84%), em Dois Vizinhos, (-9,86%) em Francisco Beltrão e (-9,50%) em Pato Branco.

Tomate: Nas cidades pesquisadas do Sudoeste do Paraná a retração foi de (-28,43%) em Dois Vizinhos, (-16,63%) em Francisco Beltrão e (-19,77%) em Pato Branco. A ampliação da oferta em função do avanço da safra de inverno, somada à rápida maturação do produto explicam, como enfatiza o Dieese, a retração nos preços.

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