Central de Notícias

Entre pontos: Serviço de Costura no Huop faz 30 anos

costura Easy Resize

Entre um ponto e outro, uma cisão e outra, num Hospital não são só as suturas no corpo humano fundamentais para manter a vida. Outro esforço também faz parte da lista dos tantos necessários para a qualidade do serviço prestado pela saúde: a costura. O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) conta com o Setor de Processamento de Roupas (SPR) existente desde a inauguração do antigo Hospital Regional, em 1989, ou seja, há 30 anos. O serviço além de costurar enxoval, conserta e faz reparos a partir de outras peças já existentes.

A costureira Loreni Aparecida Cereza diz orgulhar-se do que faz e afirma dar o seu melhor para o trabalho. Ela foi i admitida no Hospital, quando o prédio ainda estava em construção, trinta anos atrás. “Cheguei sozinha de Curitiba com meus filhos e foi o meu primeiro trabalho, onde estou até hoje. Com o ganho daqui, criei dois filhos, adquiri minha casa, tenho meu sustento digno e ando de cabeça erguida e consciência tranquila”.

Para a costureira, apesar de a roupa ser padronizada, o que ela mais gosta é de cortar, costurar e depois ver o resultado. “Não há alegria maior. É muito bom.”, disse ela, enquanto prestava atenção no tecido e ouvia um programa religioso no rádio. O serviço funciona com três apenas pessoas, além de Loreni, Sueli Salter e Rosemari de Lima.

Loreni viu o hospital nascer, crescer e tornar-se o que é hoje, um dos maiores complexos hospitalares do Paraná e o único de uma macrorregião. “É Muito bom ter o sustento fazendo o que gosta”, diz ela, que perdeu a conta da quantidade de peças que costurou.

No Hospital, a maior parte do serviço de enxoval é terceirado, mas o setor ainda é essencial para manutenção das roupas, otimização do estoque de enxoval, entre outros trabalhos.

A hotelaria hospitalar, ou, enxoval hospitalar reúne segurança e bem-estar durante seu período de internação. A rouparia é composta de peças que têm contato direto com os pacientes em hospitais, e devem transmitir acolhimento e higiene.

No Hospital, muitas das roupas dos pacientes atendem os critérios da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação de normas técnicas das muitas comissões que integram o hospital, como o das Comissões de Estudo da normalização de artigos têxteis e não-tecidos para uso médico-hospitalar, sob gestão do Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário.

A importância do enxoval é medida pela qualidade da “estada” do usuário hospitalar e não existe qualidade ao “deitar” numa cama (leito) sem lençóis, independentemente do nível de exigência do mesmo. A exigência é proporcional a necessidade. Quanto maior a necessidade menor será a exigência.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) classifica em A ABNT classifica em T1 (avental, bota, camisola), T2 (felpudos), T3 e T4 (campos cirúrgicos e sacos hamper), T5 (cobertor) T6 (lençóis, fronhas, pijamas) e T7 (colchas). As peças podem ser 100% de algodão (T1; T2; T3; T4 e T7), o T5 e T6 podem ser mistos (algodão [50%] / Poliéster [50%]).

Usa-se em especial os tecidos de 100% algodão, pois a presença de poliéster limita o uso de certos equipamentos hospitalares, tais como bisturi elétrico (o poliéster não descarrega a eletricidade estática.) e também absorve a gordura (suor, pomadas e cremes) que promovem manchas que são difíceis de remoção.

Há roupas novas; em uso [mudas de roupa]; O número de mudas (giro da roupa) representa a quantidade de peças circulante (ativo).

costura1 Easy Resize

Texto: Mara Vitorino

Foto: Mara Vitorino

Publish the Menu module to "offcanvas" position. Here you can publish other modules as well.
Learn More.