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Abruem discute internacionalização da educação em Foz

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O Campus de Foz do Iguaçu da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) recebeu na última semana a reunião da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem). No decorrer dos dois dias de encontro foram apresentados os sistemas chileno e argentino de Educação Superior, indicando as áreas prioritárias com a finalidade de cooperação com o Brasil. Estiveram presentes reitores, vice-reitores e assessores de relações internacionais das universidades associadas à Abruem. O objetivo principal da reunião foi preparar a interlocução para a Missão Internacional da Abruem de 2019, que visitará Argentina e Chile em setembro deste ano.

Na oportunidade o presidente da Abruem e reitor da Universidade Estadual da Paraíba, professor Antônio Guedes Rangel Junior, exibiu o histórico das missões internacionais e seus resultados, bem como áreas prioritárias para a cooperação com Argentina e Chile. “As nossas missões têm um histórico extremamente importante, e hoje, mais do que nunca, nossas universidades estão sendo chamadas por uma necessidade da realidade a procederem um forte processo de internacionalização”, afirma Rangel.

A tecnologia foi citada em diversos momentos nas reuniões, para o presidente da Abruem, “a capacidade de comunicar entre as pessoas já permite que tenhamos, como temos exemplos as bancas de defesas de tese, dissertações e reuniões amplas feitas por cinco pessoas, por exemplo, cada uma em um país diferente, isso em prol do conhecimento e do desenvolvimento da ciência, e, sem duvida nenhuma, a capacidade de desenvolver projetos em comum, em parceria e de cooperação, principalmente que envolvem a pesquisa, que é o que interessa a todas as nações, sem dúvida alguma é o maior desafio para todos nós. Muito mais do que o intercâmbio cultural, muito mais do que enviar ou receber estudantes, nós precisamos identificar pontos em comum e de convergência daquilo que se desenvolve em cada universidade.”

Segundo Antônio, “as instituições têm papel de garantir o estabelecimento de pontes, e cabe essencialmente aqueles que dirigem essas instituições buscar construir essas pontes. Estamos diante de um quadro histórico que nos impõem desafios e dentre esses desafios, sem dúvida, está a tentativa de permanecer numa ideia de construção de um processo de efetiva união dos povos, e no nosso caso especificamente, nosso interesse na América Latina, que envolve a busca de construir pontos de convergência unindo pesquisadores em nossas instituições chilenas, argentinas e brasileiras.”

O reitor da Universidade Estadual da Paraíba ressaltou também que , “esse é o nosso papel, nós temos uma lista muito grande de universidades que já desenvolveram projetos em parcerias, projetos de intercâmbio, tanto na recepção de profissionais, pesquisadores de universidades do mundo inteiro, como também no envio de pesquisadores, professores, estudantes em atividade de intercâmbio, de mestrado e doutorado, em intercâmbios de curta duração, em projetos de pós-doutorado, projetos mais especiais de estágio em pós-doutorado. Esse novo momento que precisa ser construído, ainda tem um caminho a ser percorrido, um caminho que envolve ajustes de sintonia em termos de proposta das universidades que devemos visitar, do cronograma de atividades que deveremos percorrer, mas sem dúvida alguma, mais importe do que isso é identificar as potencialidades identificados nestas universidades, onde existem pesquisas sendo desenvolvidas, onde existe um pesquisador que tem no seu grupo de pesquisa uma linha determinada que interessa a quem está no Rio de Janeiro pesquisando, a quem está em São Paulo pesquisando, ou em qualquer outra cidade pesquisando.”

A partir daí, comentou ele, “que nós temos efetivamente condições de criar um processo de expansão daquilo que se produz tanto no nosso país, nas nossas universidades, como também assegurar a divulgação e a expansão daquilo que se produz dentro das universidades chilenas e argentinas, os dois países com os quais nós temos um projeto de intercâmbio e de missão internacional neste ano. Então é nesse sentido que eu gostaria de primeiro agradecer a presença de todos que aqui vieram, agradecer a presença das representações internacionais essencialmente, que vão nos ajudar e contribuir com a elaboração desse projeto, com a identificação em cada universidade, daquilo que pode ser tratado, trabalhado como um propósito de intercâmbio, que as assessorias internacionais, as coordenadorias de relações internacionais possam desde já traçar mapas ou prospectar naquelas universidades  onde existam afinidades ou possibilidades de intercâmbio para que a missão possa ser o coroamento deste diálogo previamente estabelecido,” afirma.

Na ocasião a encarregada de administração e finanças do Consejo de Rectores de Las Universidades Chilenas, Marcela Cifuentes Clivio, explicou também como funciona o sistema de educação de ensino superior do País que engloba universidades públicas e privadas ligadas aos programas de graduação e pós-graduação. “Essa condição que garante que essas universidades tenham os níveis mais altos de acreditação do País”.

Ela enfatizou ainda sobre os avanços no sistema educacional chileno, suas novas necessidades de pesquisa, inovação e internacionalização. “O Conselho de reitores do Chile Cruch pode ser um vetor de cooperação entre a Abruem e o Chile”, sugeriu.

O mesmo fez o professor e presidente da Comissión de Asuntos Internacionales des Consejo Interuniversitario Nacional (CIN), Guillermo Tamarit, que apresentou o sistema universitário argentino. Ele disse que as demandas que recebe no Consulado refletem as necessidades e transformações inerentes ao meio universitário e pede por uma união universitária na fronteira dos países envolvidos na internacionalização.

O reitor da Unioeste, professor Paulo Sérgio Wolff, comentou também que o Campus de Foz de Iguaçu em relação aos países envolvidos na internacionalização se transforma, geograficamente, num instrumento importante de aproximação com relação a questões acadêmicas. “Agradeço a todos que participaram dessa reunião que serviu para aproximar ainda mais as universidades ligadas à Abruem e as doChile, Paraguai e Argentina”, finalizou.

A ABRUEM

A Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem), criada em 1991, é uma das mais importantes entidades do Ensino Superior Brasileiro e da América Latina. Atuando diretamente em 22 Estados do Brasil, por meio de suas 46 universidades associadas, a Abruem busca aprofundar permanentemente as discussões de temas prioritários para a agenda do Ensino Superior, sempre almejando a harmonia entre Ensino, Pesquisa, Extensão, Inovação e Internacionalização.

Entidade jurídica de direito privado sem fins lucrativos, a Abruem atende milhares de alunos, em todos os níveis do Ensino Superior nas modalidades presencial, semi-presencial e a distância. Com assento em diversos conselhos e órgãos consultivos estaduais e federais, a Associação tem na interiorização do ensino universitário como uma de suas principais bandeiras, em decorrência da enorme capilaridade dos campi universitários, campi avançados, extensões, polos de Educação a Distância (EaD) e outras estruturas mantidas pelas afiliadas.

A Abruem igualmente é defensora da causa da internacionalização, promovendo anualmente diversas ações que envolvem missões ao exterior, acordos de cooperação, encontros diplomáticos e muito mais. Ao adotar tais estratégias, a Abruem justifica plenamente sua razão de existir, sempre em favor da sociedade, em especial das regiões mais carentes e junto às camadas da população que mais necessitam de apoio do sistema estadual e municipal de Educação Superior.

Texto: Patricia Bosso/Isabela Silva

Foto: Andréa Pasquetti

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