Hospital inclusivo, acessível e de todos

Foi lançado na última sexta-feira (08) o início das obras do projeto de acessibilidade nas áreas externas do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop), que tem como objetivo auxiliar os portadores de necessidades especiais a se locomover até áreas internas do hospital, uma vez que, o local tem um alto fluxo de pacientes que possuem tais necessidades.

“Esse projeto além de ser extremamente necessário para pessoas com deficiência visual e física que vem ao hospital universitário, ele tem algo que é inovador, e aí eu quero agradecer a sensibilidade do Edson no sentido de realizar o projeto junto as pessoas com deficiência. A gente vê costumeiramente muitas obras de acessibilidade sendo feitas de forma equivocada por gestores que não ouvem um conjunto de pessoas com deficiência, que são aquelas que irão fazer o uso e que sabem muito bem de como deve ser feito o piso táctil, o local que deve ser colocado, e todas as questões que diz respeito a acessibilidade, e isso é muito prejudicial para nós. Como diz o documento da Organização das Nações Unidas, Nada para nós sem nós” afirmou Ivã José de Pádua, funcionário do HUOP e representante da ACADEVI.

Já Edson, ressaltou a importância da acessibilidade para os portadores de necessidades, e exaltou a participação da ACADEVI no auxílio da elaboração do projeto. “Essa questão de acessibilidade é algo muito pessoal, ela surgiu de uma discussão, onde a Cintia, portadora de necessidades especiais, veio aqui no hospital e ficou perdida, não conseguiu chegar no local onde ela precisava ser atendida. Ai o pessoal da ACADEVI veio me procurar para saber o que poderia ser feito, assim propus a elaboração deste projeto. Mas não queríamos só acessibilidade para quem chega de carro, mas que também se utiliza de ônibus, ou vem de outras maneiras até aqui. Então sentamos, chamamos o Rodrigo que estava conosco na diretoria de planejamento físico, e junto com a ACADEVI montamos esse projeto, que abrange a pessoa chegar de ônibus aqui, e conseguir vir até o hospital, chegando até o SAU que encaminha o portador de deficiência até o local pretendido. A sequência desse projeto, é a parte interna do HU, por que é uma confusão até para nós que trabalhamos aqui, então imagina uma pessoa que tem alguma limitação dentro do hospital que é gigante. Assim, primeiramente essa parte interna de acessibilidade será auxiliada pelo SAU, mas a sequência disso é fazer um planejamento de acessibilidade interna, para que assim a gente possa atender a todos e dar o direito ao atendimento de saúde com qualidade a todas essas pessoas, então quem agradece é a gente Ivã, obrigado pelo desprendimento de vocês ao virem aqui e por construir essa representação, que sem ela talvez a Cintia só ficasse perdida e assim a gente não conseguiria nenhuma resultado imediato, acredito que esse é realmente um projeto que vai melhorar muito a qualidade aqui no HU.”

A obra já começou, tem previsão de 90 dias para finalização e custou R$ 27 mil de recursos do próprio hospital.