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Parceria da Unioeste rende duas Patentes Internacionais

PARCERIA UTO UNIOESTE

A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) em parceria com a Universidade Técnica de Oruro (UTO-Bolívia) desenvolveram duas tecnologias relacionadas aos processos de beneficiamento e industrialização de Lítio. Trata-se de um processo diferenciado e de um equipamento modular com características inovadoras para a concentração, separação e beneficiamento de cristais ricos em sódio, potássio, magnésio e, principalmente compostos de Lítio.

A equipe do projeto, amparado por um convênio internacional, está constituída pelo professor Camilo Freddy Mendoza Morejon (docente da Unioeste e Coordenador do projeto), Andy Avimael Saavedra Mendoza (ex-aluno do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da Unioeste/Toledo) e pelos professores José Luis Zamorano e Alejandro Chavez, ambos do Curso de Engenharia Química da UTO/FNI.

Devido a existência dos recursos evaporíticos, ricos em Lítio, na Bolívia, pois aproximadamente metade da reserva mundial do Lítio se encontra nesse país, essas duas patentes foram objeto de proteção intelectual junto ao “Servicio Nacional de Propiedad Intelectual (SENAPI) da Bolívia.

De acordo com o coordenador geral do Núcleo de Inovações Tecnológicas da Unioeste, professor Reginaldo Ferreira Santos, trata-se das primeiras patentes internacionais da Unioeste e com grandes expectativas de transferência e licenciamento de tecnologia.

Segundo o Professor Camilo Freddy Mendoza Morejon, coordenador do Grupo de Pesquisa em Inovações Tecnológicas para o Desenvolvimento Territorial Sustentável (GPINOVA), e coordenador do projeto que resultou as duas patentes, “A inovação não deve limitar-se somente ao depósito das patentes, a inovação deve contemplar, principalmente, o desafio da inserção das patentes no mercado e diante desse fato, a meta da equipe é concretizar a transferência de tecnologia, neste caso, em âmbito internacional”.

O professor Camilo Morejon comentou que as duas patentes já estão despertando interesse no mercado do Lítio na Bolívia. Segundo ele, até a presente data, após a proteção das patentes na Bolívia, por solicitação do “Honorable Consejo Universitário de la UTO”, no dia 06 de novembro, a equipe de pesquisadores envolvidos no projeto, fizeram a apresentação das patentes na reunião ordinária do Conselho Universitário da universidade de Oruro. Nessa ocasião, os conselheiros, por unânimidade, manifestaram a relevância e a importância da parceria com a Unioeste, pois de maneira inovadora está propiciando a geração de inovações tecnológicas que podem alavancar o processo de industrialização dos recursos evaporíticos na Bolívia.

Segundo o professor Camilo, na sequência, no dia 15 de novembro, a convite do Vice-Ministério da Ciência e Tecnologia do Estado Plurinacional da Bolívia, a equipe envolvida no projeto apresentou as duas patentes numa reunião técnica com especialistas de “Yacimientos del Lítio Boliviano-YLB”, Ministério de Energias e Vice-Ministério de Altas Tecnologias Energéticas da Bolívia.

A última novidade, em relação às patentes, foi o interesse da empresa “Red Shield Enterprises & Business SAC” de Hong Kong, responsável pelo desenvolvimento de negócios inovadores por meio da formação de consórcios com empresas Asiáticas, Europeias e da América Latina. A equipe responsável pelo projeto recebeu convite para a apresentação das patentes para possível negociação de transferência de tecnologia.

Segundo Camilo “com este fato, mais uma vez se comprova que a maior riqueza de um país não são os seus recursos naturais, sejam eles renováveis ou não renováveis, a maior riqueza de um país é o seu capital intelectual criativo, empreendedor e, principalmente inovador. Esta riqueza viva, deve ser formada desde a infância, e com o maior incentivo nas universidades, para gerar e, principalmente para aplicar o conhecimento. O resultado desse investimento será o capital intelectual inovador capaz de transformar os problemas em oportunidades, para atingir o objetivo comum da sociedade, que é a qualidade de vida num ambiente de desenvolvimento territorial inovador e sustentável. Temos que fazer prevalecer a pró-atividade, a sinergia, a objetividade e, principalmente, a nossa capacidade de contribuição individual e coletiva dotada de criatividade, imaginação, emoção, sonhos, coragem e o desejo do querer fazer” salienta o professor.

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