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Tese de doutorado relata a literatura dos viajantes italianos

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“O conhecimento de mundos desconhecidos: palavra e coisas do português na literatura dos viajantes italianos”. Esse é o nome dado a tese de Doutorado escrita pela professora, Benilde Socreppa Schulfz, que foi publicada recentemente pela editora Edunioeste da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).

De acordo com a autora, o assunto registra os empréstimos da língua portuguesa na literatura de treze viajantes dos séculos XVI e XVII que estiveram em colônias e cidades existentes nas possessões ultramarinas de Portugal. “Esses empréstimos se caracterizaram por serem ocasionais (ou casual, na denominação de Klajn), utilizados pelos viajantes para descrever elementos da nova realidade com a qual se deparavam: geografia, fauna e flora, cultua, comércio, náutica e outros aspectos dessa realidade tão exótica e desconhecida aos viajantes”, explica.  

A obra que é resultado do doutorado, no qual a autora expande e aprofunda sua análise de mestrado, é prefaciada por Ieda Maria Alves e Paola Giustina Baccin, duas expressivas pesquisadoras da área dos estudos do léxico da Universidade de São Paulo. Durante a pesquisa, Benilde examina unidade da língua portuguesa incorporadas em três dicionários de língua italiana. Ao procurar as atestações para esses empréstimos, a professora constatou que eram extraídos dos relatos feitos por viajantes italianos, o que a estimulou a analisar esses escritos, resultando em sua tese, agora transformada em livro.

No primeiro volume, apresenta-se uma discussão teórica sobre literatura de viagem, abordando especialmente os relatos de viagens no período das grandes navegações; discutem-se temas relativos a línguas e contato, empréstimo linguístico e neologismos; apresentam-se questões metodológicas que pautaram a pesquisa, com a finalidade de fornecer ao leitor uma chave de leitura das análises; e analisam-se os empréstimos coletados dos relatos de seis dos treze viajantes incluídos em sua pesquisa.

Já no segundo volume, sete viajantes são apresentados, com uma novidade em relação ao volume anterior: além dos relatos daqueles que viajaram para fins comerciais, há também os escritos de missionários, apresentando outros olhares. A autora finaliza a obra tecendo algumas considerações sobre os resultados de sua pesquisa e ilustrando, por meio de debates e gráficos, estatísticas das ocorrências coletadas.

Para a diretora da Edunioeste, Aparecida Feola Sella, a editora tem imensa satisfação de divulgar o exemplar apresentado em dois volumes, fruto de pesquisa diligente em relatos de viajantes italianos do período das grandes navegações. “A publicação é um tesouro. Esperamos que os leitores deleitem-se, tal como a autora durante sua pesquisa, na imersão no mundo dos viajantes em uma época de grandes descobertas, seguindo seus passos, visualizando o que testemunhavam, imaginando sua admiração diante do novo e até então desconhecido”.

Sobre a autora

Atualmente, Benilde Socreppa Schultz, é professora do Curso de Letras Italiano da Unioeste, Campus de Cascavel. Exerce principalmente nos seguintes temas: língua italiana, literatura e cultura italiana, lexicologia e neologia.

Benilde é licenciada em Letras Português e Italiano Pela Universidade Federal do Paraná (2003), mestre em Letras – Língua e Literatura Italiana pela Universidade de São Paulo (2007) e doutora em Língua, Literatura e Cultura Italianas pela Universidade de São Paulo (2014). 

 

 

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