Central de Notícias

Crianças aprendem italiano de forma lúdica

crianças

 

Aprender uma língua estrangeira, em qualquer faixa etária, é uma forma de ampliar o conhecimento de mundo. Nesse sentido, o curso de extensão Italiano per bambini, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus de Cascavel, é voltado para crianças de Cascavel e região. “Esse projeto é muito importante, pois desde cedo coloca-os em contato com uma língua doce e calorosa que é o italiano. Promove cultura, amplia os horizontes e desperta o interesse da criança em conhecer e reconhecer novas palavras”, diz Eveline Favero, professora, mãe do pequeno Domingos, que participa das aulas aos sábados. Ela lembra, ainda, que a relação construída com os colegas e com as professoras é especial, “de forma lúdica e acolhedora”.

Para a mãe do pequeno Ariel, Simone Casemiro Weisheimer, servidora pública municipal, o projeto é muito bom. “Achei o curso personalizado. Os professores são didáticos. Gostei bastante”, destaca Simone, dizendo que o filho gosta das aulas e que mesmo sendo autista, se adaptou muito bem. “Pretendo levá-lo para participar novamente no próximo ano”, salienta.

As aulas são desenvolvidas por acadêmicos dos cursos de Letras e Pedagogia. Para a acadêmica do terceiro ano de Letras Português/Italiano da Unioeste, Natasha Antunes Soares, atividades lúdicas são o ponto principal do projeto. “O intuito é trazer o mundo da criança para o ensino, por meio de atividades lúdicas que servem como estímulo ao aprendizado. É um grande desafio, principalmente para os pequenos que nem dominam o português, mas acredito que quando começam a aprender uma língua estrangeira nos anos iniciais de desenvolvimento, esse conhecimento jamais será esquecido”, explica Natasha, que trabalha com os colegas de graduação Gabriel Roani Bonatto, Alessandra Camila Santi Guarda e Nelvani Tkacz, e com as colegas do curso de Pedagogia, Patricia do Nascimento da Silva e Magali de Souza Brito.

O projeto atende dois grupos nos sábados (Per Bambini A e B), de 7 a 11 anos de idade e, nas sextas, um grupo de crianças de 4 a 6 anos de idade (Bambini Piccoli), as quais ainda não são alfabetizadas, mas aprendem por meio da oralidade.

criança 2

Para a professora e coordenadora do projeto, Wânia Beloni, quando se aprende outra língua, “aprende-se não apenas novos códigos, novas palavras, novas pronúncias e novas formas de escrita (no caso das alfabetizadas), mas, sobretudo, novas formas de viver e de perceber o mundo”. Ela explica que quando se fala em aprender uma variedade linguística estrangeira ainda na infância, muitas pessoas se posicionam contrariamente e que esse tipo de postura demonstra os resquícios de alguns mitos em relação ao bilinguismo precoce, em que se acreditava que a criança bilíngue teria problemas de interferência linguística e o seu aprendizado seria mais lento. “No entanto, pesquisas mais recentes demonstram que o desenvolvimento cognitivo é maior quando se aprende uma variedade estrangeira quando ainda se está aprendendo a língua materna”, salienta Wânia.

Além disso, a professora de italiano defende que, a partir de outra variedade linguística, “podemos viver e sentir o mundo de outras maneiras, perceber o que nos rodeia além dos limites da comunidade em que estamos inseridos, sendo esse um passo para o desenvolvimento de uma nova consciência e da expansão do conhecimento de mundo”, destaca Beloni.
criança 3

Publish the Menu module to "offcanvas" position. Here you can publish other modules as well.
Learn More.