Unioeste é parceira do próximo SEURS

Foram 16 projetos extensionistas que representaram os cinco campi da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), na 34ª edição do Seminário de Extensão Universitária da Região Sul (SEURS), realizada na última semana no Instituto Federal Catarinense (IFC), Campus Camboriú.

No segundo dia de evento, a diretora de Extensão e Cultura da Unioeste, professora Adriane Martins, participou de uma reunião com pró-reitores de Extensão, na qual ficou decidido que a próxima edição do SEURS ocorrerá na cidade de Foz do Iguaçu, parceira entre Unioeste e Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila).

Adriane comenta que a Universidade já sediou o Seminário em 2011, e agora garante que a parceria será efetuada de uma maneira inovadora, oportunizando aos participantes um conhecimento amplo sobre as duas instituições. “Tenho certeza que esse encontro será enriquecedor, pois além de estarmos juntos com a Unila, que possui alunos de diversos países para aprimorar nossas discussões, iremos fazer uma interdisciplinaridade nos diálogos e apresentações de trabalhos científicos, buscando ampliar as atividades de extensão”. Além disso, a professora agradeceu, em nome da Unioeste, por ter participado dessa construção coletiva da extensão e salienta que todos os envolvidos levam uma grande bagagem a fim de contribuir para o crescimento da Instituição.

Já no terceiro e último dia de encontro, a equipe da Unioeste participou de uma mesa redonda com discussões voltadas a “Curricularização da Extensão”. Para debater sobre o assunto foram convidados os professores André Dala Possa, diretor de Extensão do Instituto, Alfredo Balduino Santos da (UDESC) e a docente Ana Inês Souza da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ana Inês Souza, explicou que a relevância deste tema é tornar a extensão uma atividade acadêmica como o ensino e a pesquisa, objetivando que os projeto de extensão passem a fazer parte da formação dos alunos como as demais atividades.

Para a coordenadora do Fórum Regional Sul dos Pró-Reitores de Extensão (Forproex), a professora Marilisa do Rocio Oliveira, pró-reitora de Extensão e Assuntos Culturais da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), o grande desafio da extensão é o de que ela seja reconhecida dentro das instituições, “até pelo seu próprio aspecto de envolvimento com a comunidade”, diz.

“A dificuldade que temos é de sermos reconhecidos, dentro dos próprios cursos, por professores que não veem a extensão com o devido valor que ela tem. Outro ponto a se destacar é a curricularização. Teremos que colocar nos currículos dos cursos 10% de extensão”, informa a professora. “Com os alunos normalmente não temos dificuldades, pelo contrário – eles são bem receptivos e gostam de participar dessas atividades. Porém, ainda trabalhamos com uma certa resistência por parte de professores, uma vez que a extensão exige um trabalho extra, fora da sala de aula. E muitos não estão acostumados com isso, mesmo alinhando o tripé ensino, pesquisa e extensão”.

Trabalhos da Unioeste

Os participantes do SEURS puderam analisar diversas extensões da Unioeste como: Consulta de enfermagem a pacientes diabéticos em atendimento ambulatorial, exibido pela acadêmica Thais Tomiazzi; Justiça Restaurativa na escola como meio para a superação da violência, ministrado pela docente Marli Tim Vanelli; Contribuições da extensão na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, por Leticia Almeida; Projeto coração de ouro: envelhecendo com qualidade de vida, apresentado pela acadêmico Giovani da Silva Coelho. 

Também a professora Zelimar Bidarra, falou sobre “PAPPCA: A contribuição para o enfrentamento às violações de direitos e violências contra crianças e adolescentes”. Os alunos Leonardo Alberto e Mônica Patricia Feiber apresentaram a extensão “Cascavel Rosa e Azul: parceira entre universidade e sociedade em prol do combate ao câncer”.  

Já os acadêmicos e docentes Franciéle Menin, Murilo Padilha, Rozeli Odorizzi, Aline Motter, Samantha Gottardo, Ana Caroline Barbosa e Vanice Sbardeloto, salientaram sobre os seguintes projetos extensionistas: Laboratório de educação sexual adolescer: espaço de troca de experiências; Olhar digital; Inclusão Digital na Terceira Idade; Resgatando saberes: cultivo do uso das plantas medicinais no bairro Padre Ulrico, de Francisco Beltrão; A experiência do patronato penitenciário municipal de foz do Iguaçu; Projeto de extensão “Conhecendo melhor o corpo humano” e sua contribuição para o conhecimento cientifico da comunidade de Cascavel e região;  Universidade e Educação Básica: interface por meio do pacto nacional pelo fortalecimento do ensino médio.

Ao todo, foram 28 Instituições de ensino dos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul que estiveram reunidas por uma coletânea de temas, áreas e cursos visando a troca de experiências, enquanto docentes e acadêmicos intercalavam as tarefas de aprender e ensinar nas diversas apresentações dos trabalhos científicos. O evento contou com aproximadamente 600 participantes e durante os dois primeiros de encontro foram apresentadas 427 comunicações orais, 20 minicursos, 11 oficinas e 11 apresentações culturais.