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Tornados no Paraná é tema de projeto da Unioeste

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Vem sendo desenvolvido desde 2014 o projeto Tornados no Paraná, coordenado pela professora Karin Hornes da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus de Marechal Cândido Rondon. A equipe deste estudo, também é composta pelos acadêmicos de Geografia, José Amaro, Marcos Balicki e Nayara Almeida Rodrigues. O tema das pesquisas são os “Tornados do Paraná”, “Classificação da força destrutiva dos tornados no Paraná” e “Incidências da atuação dos tornados no Paraná”.

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Segundo os estudos realizados pela equipe da coordenadora Karin, o Brasil é o segundo país que mais registra tornados no mundo, ele só perde para os Estados Unidos. Neste contexto o Paraná está inserido no “corredor de tornados” do Brasil, juntamente com outros estados (São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Este fato, no entanto, é pouco divulgado e além disso, há necessidade de aprimoramento da quantificação do evento no estado e grande parte da contabilização do evento é realizada pela Defesa Civil, que é acionada quando a ocorrência proporciona grande destruição, porém há inúmeros relatos de tornados que não são contabilizados, pois causam poucos estragos, ou ocorrem em áreas não habitadas.

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A professora Karin conta que “a aplicabilidade do projeto consiste na verificação de quais meses e quais áreas são mais suscetíveis, além de possibilitar a averiguação das assinaturas que o evento pode apresentar nas imagens Goes e de Radar. Espero que a pesquisa contribua para o melhoramento e lançamento de alertas e para o planejamento das cidades e organização da Defesa Civil” e fala que o objetivo é “contabilizar estes tornados, especializá-los e verificar quais as áreas e meses mais propensos a esta atividade, afim de, auxiliar no lançamento de alertas para a população” comenta.

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A primeira apresentação a respeito do tema ocorreu no I Seminário Técnico Científico de Prevenção e Proteção a Desastres, promovido pelo Corpo de Bombeiros do Paraná em conjunto com a Unioeste. Uma semana depois ocorreu um tornado nos municípios de Cafelândia, Francisco Beltrão e Marechal Cândido Rondon. No caso de Marechal, apesar de não terem ocorrido mortes no momento do evento, posteriormente algumas pessoas faleceram ou ficaram adoentadas, por depressão pós-traumática, causada pela vivência de perda total de suas residências. O tornado modifica totalmente a paisagem local e deixa um rastro de medo para aqueles que passaram minutos de terror. “Quase um ano após sua passagem, o tornado na cidade ainda está vivo na memória dos que vivenciaram estes momentos assustadores. Nas escolas atingidas o tema mais realizado nas redações é a respeito dos tornados. São ouvidos alguns relatos de pessoas e crianças que não podem ouvir esta palavra, ou mesmo sequer deparar com uma forte ventania que já são dominadas pelo pânico” conta a coordenadora.

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Ela ressalta que em caso de ocorrência de ventania, tornado ou micro explosão, deve-se procurar locais com estrutura reforçada para se proteger, dentro das residências é importante verificar quais os cômodos que possuem maior reforço estrutural; geralmente é o banheiro, mas não é regra. Deve ficar longe das janelas e portas, evitar sair, orientar os filhos a respeito dos locais mais seguros na escola, nunca fique próximo a árvores, postes, barracões, ginásios, postos de combustíveis, pois as estruturas desses locais são muito suscetíveis a quedas nestes momentos. Com relação a estrutura das edificações é importante ressaltar que casas com colunas e lajes são mais resistentes a estes eventos. Se deve evitar a utilização de muros de vidro ou grandes áreas construídas exclusivamente com este material, pois durante as tempestades eles quebram com maior facilidade e viram projéteis extremamente perigosos.

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A professora Karin fala que “Há muito que se fazer ainda a respeito acerca da temática dos eventos extremos, que sempre ocorreram e continuarão ocorrendo. No entanto há necessidade de estudar o fato do Paraná que faz parte de um corredor de tornados, quais medidas podem ser tomadas para que ocorra a preservação da vida inicialmente e para que as perdas sejam minimizadas” e complementa que “a expectativa é que a pesquisa possa auxiliar os órgãos de meteorologia na prevenção e orientações em momentos severos, que o assunto desastres seja incluído dentro do programa de Brigada Escolar e que através da publicação do trabalho na mídia, está possa contribuir orientando a população para quais ações tomar em casos de eventos severos, seja na prevenção ou na resposta a estes” finaliza.

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