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Campus de Foz desenvolve projeto sobre doenças infecciosas

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“Capacitação para agentes comunitários de saúde de Foz do Iguaçu sobre doenças infecciosas” é um projeto desenvolvido desde julho de 2014 pela professora do Centro de Educação, Letras e Saúde da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, (Unioeste), Campus de Foz do Iguaçu, Eveline Treméa Justino. A equipe deste programa, além da coordenadora, conta com a subcoordenadora Neide Martins Moreira e os docentes colaboradores Mara Cristina Ripoli Meira, Oscar Henji Niheu e Mustafa Hassan Issa.

Este programa surgiu após o desenvolvimento de um projeto de extensão que tinha como abordagem doenças negligenciadas, tais como tuberculose, hanseníase, febre amarela, dengue, leishmaniose e entre outras. A equipe de docentes envolvida nesse primeiro projeto ao apresentar a proposta aos responsáveis na Secretaria de Saúde de Foz do Iguaçu percebeu uma demanda e uma característica peculiar desse município, as altas taxas de doenças infecciosas (HIV, Hepatites A, B e C, Sífilis e Toxoplasmose). Preocupados com o avanço do contágio dessas doenças na região de fronteira e para atender a necessidade do município criou-se esse projeto que aborda especificamente as doenças infecciosas de maior relevância na tríplice fronteira.

Os objetivos gerais, segundo a professora Eveline é “capacitar os Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) da rede de atenção básica de Foz do Iguaçu quanto aos sinais, sintomas e a biologia das doenças infecciosas que acometem a população da tríplice fronteira para que posteriormente eles tenham condições de realizar educação em saúde junto à população”. Ela conta também que a aplicabilidade do projeto é que o “ programa já foi aplicado aos ACSs do Distrito Norte de Foz do Iguaçu e foi considerada satisfatória. Tivemos a participação de 95% dos agentes, que foram incentivados a participar pela Secretaria de Saúde e demonstraram muito interesse em aprofundar seus conhecimentos sobre essas doenças” afirma.

A coordenadora conta ainda que os objetivos específicos são o de capacitar os ACSs sobre doenças infecciosas consideradas importantes na tríplice fronteira, são elas: bacterianas, doenças com ênfase na transmissão e ações de prevenção, virais e doenças por protozoários. Analisam a patogenia (origem e evolução) da Sífilis, Hepatite A, B e C, HIV e Toxoplasmose.

A professora conta que as doenças infecciosas, causadas por vírus, bactérias ou parasitas, são muito comuns na população humana, principalmente os de baixa renda. O controle destes agentes infecciosos vem sendo cada vez maior devido à crescente resistência que eles apresentam aos medicamentos. A coordenadora elogiou dizendo que “o projeto possibilitou a mobilização e sensibilização destes profissionais que são agentes importantes na detecção e prevenção das doenças infecciosas. A aproximação dos agentes com a universidade permitiu troca de conhecimentos e experiências que enriqueceu o desenvolvimento do projeto, gerando ganhos aos alunos, docentes e principalmente aos ACS” declarou a coordenadora Eveline.

A expectativa com relação ao projeto, segundo a coordenadora, é de que as informações a serem tratadas permitam aos agentes aumentar sua capacidade de identificar indivíduos possivelmente portadores das doenças infecciosas, durante seus trabalhos de busca ativa na comunidade onde estão inseridos. Desta forma, contribuir para reduzir a incidência local pelo tratamento dos doentes (quebrar o ciclo das doenças), promover o bem-estar e prevenção de novos casos.

“Este projeto é relevante por estimular a promoção do conhecimento teórico e prático, incentivando o processo de reflexão dos agentes. Além de promover a construção de conhecimentos para a busca de soluções para os problemas identificados em relação a doenças infecciosas” declara a coordenadora, pontuando que “elas têm sido um desafio para a comunidade acadêmica e científica brasileira para criar meios de abordá-las, seja no diagnóstico, tratamento ou reabilitação. Sabendo que os ACSs são importante personagens do serviço de saúde por aproximar a atenção primária à saúde da comunidade e que necessita estar sempre atualizado e capacitado para favorecer o conhecimento sobre a saúde da população a qual está vinculada, sanando dúvidas e questionamentos, o presente projeto visa capacitar os agentes por meio de alunos sob supervisão de docentes” finalizou.

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