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Pesquisa transforma resíduos em materiais “filtrantes”

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Nos últimos anos o professor doutor Affonso Celso Gonçalves Júnior do Centro de Ciências Agrárias do Campus de Marechal Cândido Rondon da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) juntamente com sua equipe do Grupo de Estudos em Solos e Meio Ambiente (GESOMA-CNPq) têm realizado inúmeros projetos científicos focados na área de Ciências Ambientais, mais especificamente com trabalhos voltados para remediação de águas contaminadas por metais e agrotóxicos.

O desenvolvimento dos trabalhos científicos na área de remediação de compartimentos ambientais teve início ainda no ano de 2002 utilizando resíduos de casca de camarão para fabricação de uma resina a base de quitosana para adsorção e remoção de alguns metais e outros elementos químicos de águas e solos.

Segundo o coordenador Affonso, nesta linha de pesquisa ‘Sistemas de Produção Sustentáveis’, os pesquisadores sob sua orientação, utilizam alguns resíduos provenientes da agroindústria que normalmente seriam descartados por não apresentarem nenhum benefício ou valor agregado. “Estes resíduos são preparados em laboratório e utilizados in natura ou quimicamente modificados como materiais adsorventes (filtrantes) alternativos e sustentáveis. Os diferentes materiais produzidos podem ser utilizados em filtros visando à remoção de metais tóxicos e agrotóxicos de águas contaminadas por um processo conhecido como adsorção (física e/ou química)” explica.

Os resíduos que já foram testados in natura e/ou modificados quimicamente são: casca de mandioca, casca de pinus, sementes de algumas oleaginosas, casca da castanha do Brasil, casca da castanha de caju, caroço de açaí e sementes de pinhão manso. Visando a proteção intelectual das pesquisas desenvolvidas pelo GESOMA, muitos destes processos ou produtos já foram depositados na forma de pedido de patentes junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial via o Núcleo de Inovações Tecnológicas (NIT) da Unioeste.

Conforme a equipe de pesquisadores liderada por Affonso, estes filtros, contendo o material adsorvente in natura e/ou modificado, podem ser utilizados de maneira muito simples. Desde a utilização 'caseira' de recipientes plásticos, contendo o material biossorvente ou até mesmo a produção em escala de filtros comerciais com estes biossorventes alternativos.

Assim, estes trabalhos científicos têm gerado teses de doutorado, dissertações de mestrado e inúmeros artigos científicos internacionais e nacionais, capítulos de livros internacionais, além de diversas premiações, dentre as quais podem ser destacadas: projeto finalista do Prêmio Santander Ciência e Inovação edição 2014, projetos finalistas do Prêmio da Agência Nacional de Águas (ANA) edições 2012 e 2014 categoria Pesquisa e Inovação Tecnológica e diversos trabalhos premiados em eventos científicos nacionais e internacionais.

De acordo com Affonso o sucesso de todos estes projetos é fruto de um efetivo trabalho em equipe e parcerias científicas, pois sem isso não é possível o desenvolvimento da ciência e tecnologia de forma ética e eficaz. “O GESOMA tem apresentado um excelente desenvolvimento científico em virtude dos projetos aprovados nos últimos anos na área de Ciências Ambientais, mais especificamente com relação à linha de pesquisa voltada para a remediação de águas contaminadas por agrotóxicos e metais utilizando materiais biossorventes alternativos e sustentáveis provenientes de atividades agroindustriai”, declara.

Atualmente a equipe é formada pelos seguintes membros: Affonso Celso Gonçalves Jr., Emerson Gasparotto, Gilmar Gomes, Marcelo Campagnolo, Daniel Schwantes, Gustavo Coelho, Adir Parizotto, Marcelo Gonçalves e pelos acadêmicos bolsistas de Iniciação Científica: Alisson Miola, Caio Domingues, Eduardo Volz, Dionir Briesch, Juliano Zimmermann, Elio Conradi Junior, Victor Cazzo, Camila Podkowa e Natália Cardoso.

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