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Pesquisadores da Unioeste descobrem substância que auxilia no combate a super bactéria KPC

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O professor Rinaldo e alunas durante trabalhos no Lacepe

 

Por meio de uma pesquisa realizada no Laboratório de Análises Clínicas, Ensino, Pesquisa e Extensão (Lacepe) do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), foi descoberta uma substância que inibe a ação da bactéria KPC (Klebsiella pneumoniae Carbapenemase).

Esta pesquisa é liderada pelo professor do curso de Farmácia e da Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Rinaldo Ferreira Gandra e desenvolvida em conjunto com os alunos: Ana Paula Paris, Cristiane Persel, Danielle Boff, Mateus Foltz Delabeneta e Caroline Simon.

A substância descoberta é denominada como micocinas, que são glicoproteínas secretadas por fungos, sendo letais para alguns micro-organismos. O professor explica que no estudo realizado já foram testados cerca de 780 fungos e somente três deles foram capazes de produzir esta substância inibitória. “Com essa pesquisa conseguimos não somente o isolamento do fungo do ambiente, mas também a verificação da ação destas micocinas. Estou trabalhando há 14 anos com isso e só agora conseguimos estes resultados expressivos”, comenta.

Rinaldo conta que a motivação para a pesquisa é a necessidade da busca e criação de novos antibióticos, além de que a KPC é uma bactéria resistente à maioria dos antibióticos, o que dificulta o seu combate. “Investigamos as funções e ações de maneira geral dos fungos com a intenção de melhorar o entendimento das relações micro-organismo/homem, neste caso, o objetivo foi trazer o fungo para o laboratório e verificar a ação das micocinas sobre as bactérias e fungos patogênicos ao homem”.

A KPC já foi isolada no HUOP e diversos surtos de infecção por este micro-organismo foram relatados no Brasil e no mundo, o que, segundo o professor Rinaldo, caracteriza como um problema de saúde pública.

Para a aluna Cristiane Persell, a pesquisa é de grande valia. “É importante porque o que descobrimos aqui pode se tornar uma opção para o controle da KPC. Agora o estudo tem que continuar para cada vez mais melhorarmos o conhecimento a respeito desse experimento”.

Granda diz que o próximo passo da pesquisa é transformá-lo em um produto farmacêutico de uso tópico, mas para isso ainda precisam ser realizados diversos exames e testes para a certificação da ação direta no organismo humano, o que só é possível com investimentos. Além disso, a pesquisa foi submetida a publicação em uma revista científica e a equipe aguarda a aprovação.

“A pesquisa é muito importante na formação dos nossos alunos e demonstra que a Universidade é capaz de desenvolver novos produtos”, finaliza Rinaldo, com a expectativa de continuar o trabalho e poder utilizá-los de maneira que contribua com a Unioeste e sociedade.

 

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