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Equipamento comprado pela Unioeste permite inclusão de aluna com tetraparesia

 

“A Unioeste, avaliando meu perfil acadêmico, comprou o programa para me proporcionar mais autonomia”, foi a primeira frase que Elaine Luzia do Santos, acadêmica do 4o ano do curso de Medicina da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), formou ao receber o equipamento. Elaine cursava o 3o ano do curso quando sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e ficou tetraparetica, ou seja, perdeu os movimentos dos braços e pernas e tronco. Ela também perdeu toda a capacidade de falar, mas não a capacidade de raciocínio.

 

Tão logo aprendeu a se comunicar utilizando os olhos, Elaine manifestou o desejo de voltar ao curso.  A irmã Elionésia Marta dos Santos, que é enfermeira e cuidou da Elaine nos primeiros meses disse que a família sabia que as condições não seriam iguais, mas apoiou a decisão da estudante. “Houve muita mudança. Então, a gente se preocupou muito com os aspectos práticos. Como ela será avaliada, por exemplo? Agora ela não meche mais as mãos... Questões que precisavam ser discutidas e vieram parar no Programa de Educação Especial (PEE) da Unioeste”, conta.

 

O primeiro passo foi inserir a acadêmica acompanhada de uma pessoa que faz as anotações e dá o apoio na sala de aula, que é a Vanderlize Dalgalo, da equipe do PEE. Depois, o programa se preocupou em adquirir um equipamento que facilitasse a comunicação da Elaine com os colegas e professores. O Tobii Eyemobile é um sistema completo de comunicação em um tablet que utiliza o movimento dos olhos para realizar os comandos. “Cada acadêmico que entra com uma limitação diferenciada exige também da equipe do PEE todo um processo de aprendizagem. A gente conversa com a família para reconhecer as necessidades e tentar auxiliar. Além disso, o apoio da instituição às solicitações do PEE é fundamental para que possamos avançar no processo de inclusão”, diz Dorisvaldo Rodrigues, coordenador do Centro de Reabilitação Física (CRF) da Unioeste.

 

O equipamento custou pouco mais de R$ 27 mil e foi entregue a aluna em comodato. Para ela, vai ser uma forma de voltar a se expressar. “Ela vai conseguir até reproduzir fala, transmitir toda a capacidade intelectual que ela tem que ficou nesse período todo contida. Não vai mais ser sim ou não”, fala Elionésia. A volta para a sala de aula foi outro momento especial, segundo a irmã. “Houve uma aceitação e um esforço muito grande por parte dos colegas para que a Elaine fosse incluída na sala”, explica. Devido a condição de Elaine, ela cursa duas matérias por semestre.

 

Elaine é um dos sete acadêmicos com deficiência do Campus de Cascavel da Unioeste. O acompanhamento deles é feito pelo PEE, que é coordenado pela professora Lucia Zanato Tureck. O programa existe na instituição há quase 18 anos e atua na política de inclusão de pessoas com deficiência. Com isso, garante o atendimento às necessidades educacionais especiais em todos os Campi da Unioeste. Por isso, o retorno de Elaine foi possível e ela até deu um jeitinho de agradecer, já com a nova ferramenta em mãos. “Eu agradeço ao Programa de Educação Especial da Unioeste pelo suporte para o meu retorno”, expressa com a fala do tablet.

 

A estudante também faz sessões fisioterapia na piscina do CRF. O Centro atua no atendimento de reabilitação com uma equipe multidisciplinar.

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