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Alunos da Ciência da Computação da Unioeste estão entre melhores do país

A corrida deles é para conseguir resolver um problema no menor tempo possível. Só que na Maratona da Programação não existe um problema qualquer. “Esse ano foram 11 exercícios, só que a maioria é quase impossível de fazer! Para você ter uma ideia, do décimo lugar pra baixo, ninguém conseguiu fazer mais do que cinco exercícios”, é o que afirma o Luis Fernando Veronese Trivelatto, acadêmico do 2o ano do curso de Ciências da Computação do Campus de Cascavel da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Ele e os colegas Murilo Douglas Oliveira Machado e Cleison Arenhart dos Santos formam a equipe “Ops! Solução Trivial”, que saiu dessa maratona entre os 20 melhores das 639 equipes do Brasil.

O desempenho foi o melhor resultado da história! Eles são os campeões paranaenses. Ficaram a frente de equipes consagradas, como o pessoal da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Nos estados do sul, ficaram em 2o lugar, atrás apenas da equipe de Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). E no Brasil, ficaram na 18a colocação, a frente de equipes renomadas como do Instituto Militar de Engenharia (IME) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “Ficar na frente de várias federais deixa a gente bastante orgulhoso do trabalho que estamos fazendo com eles, do esforço deles”, diz a professora Adriana Postal, que participa da preparação das equipes da Unioeste.

Nessa maratona, é preciso estar preparado. O desafio aqui é ser criativo e ter habilidade em resolver problemas difíceis. “É como se fosse uma olimpíada de matemática, mas ao invés de você resolver o problema, você precisa ensinar o computador a resolver o problema”, explica o acadêmico Murilo. E, se você acha que esse tipo de problema é algo que está bem longe da sua vida, está redondamente enganado. “Em qualquer tecnologia que você estiver usando, aparece isso! No seu celular, naquela busca que você faz na internet tem programação”, afirma Cleison.

E por que os professores querem tanto que os pupilos participem de uma prova tão difícil quanto essa? Porque além de fazer uma grande diferença no currículo, a competição exige deles algo imprescindível para o mercado de trabalho. “Trabalho em equipe também é um aspecto importante na nossa profissão. Você tem que aprender a conviver com pessoas que sejam diferentes e vestir a camisa da sua equipe, da empresa que você está para conseguir fazer esse trabalho”, explica o técnico da equipe, o professor Josué Pereira de Castro.

E o bom desempenho dessa equipe aumentou a responsabilidade do grupo, mas também serviu como uma motivação para tentar melhorar ainda mais. “Para mim, espero que tenha sido só mais um passo”, diz Cleison. “A gente ainda não ganhou a medalha, vamos atrás”, afirma Murilo. “Esse resultado mostra que a gente também consegue chegar lá”, conclui Luis Fernando.

Só que, para isso, eles precisam treinar bastante. “O treino é feito em dois momentos. Primeiro, o conhecimento individual e depois o treino de grupo que é fazer com eles consigam encontrar uma estratégia para que a equipe funcione como grupo”, conta Josué. Mas no final, vale a pena. “Valeu cada hora, cada noite dedicada aos treinos. O resultado mostra o esforço deles”, diz Adriana orgulhosa.

A Maratona de Programação reúne participantes de todo o país que competem nas etapas regional e sulamericana. O vitorioso vai representar o Brasil na final mundial. Desde 2003, todos os anos a Unioeste manda equipes para as fases regionais. 

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