PDA conscientiza sobre Trauma Raquimedular

Você sabia que o é o Trauma Raquimedular (TRM) que causa a para e tetraplegia? E que bastam alguns cuidados para que esses tipos de acidentes não aconteçam? Pois é! E para responder essas questões que um grupo de servidores da Enfermagem do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) está realizando várias ações para conscientizar a população sobre os riscos desses tipos de traumas.
O grupo faz parte do Projeto de Desenvolvimento dos Agentes Universitários (PDA) “A enfermagem na prevenção do trauma raquimedular”, e com apenas dois anos de Projeto já foram realizadas várias atividades conscientizadoras com a comunidade em geral, como palestras em vias públicas, conscientização no trânsito e nos bairros da cidade.
Segundo um dos colaboradores do Projeto, Emerson Ribeiro, as maiores causas do TRM são acidentes de trânsito, quedas de alturas, mergulho em águas rasas e ferimentos de armas de fogo/faca. “Este tipo de acidente – o TRM – ocupa cerca de 9% dos hospitais públicos, e é a sexta maior causa de internação a nível nacional”, ressalta.
Medula espinhal
A coluna vertebral possui 33 vértebras, composta por 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 4 coccígeas, e a partir do encaixe de uma na outra é formado um duto, onde, dentro deste fica localizada a medula espinhal. “A medula espinhal é uma estrutura esponjosa, e é por ela que são realizadas todas as condutas das células do corpo”, enfatiza o colaborador do Projeto Emerson Ribeiro.
Por exemplo, quando a medula é rompida na região cervical é causada a tetraplegia, ou seja, a perda irreversível da força ou sensibilidade do pescoço para baixo. Ou seja, paciente que sobrevive a este tipo de trauma, torna-se uma pessoa sem autossuficiência e passa a ter necessidade de assistência contínua e ininterrupta, durante toda a vida.
No HUOP dão entrada em média, 30 pacientes por mês com trauma de coluna. Os pacientes passam por avaliações ortopédicas e neurológicas mas “geralmente ficam com alguma sequela”, diz o colaborador. “Para que este alto número diminua é preciso que a população tenha noção da gravidade do problema”, reforça.
Ele ainda enfatiza que se houver o rompimento da medula em qualquer região da coluna, esta não consegue se recompor. “É neste momento em que é causado a secção ou o trauma completo da medula”, esclarece.