Pgeagri promove palestra sobre Alelopatia

“Alelopatia de leguminosas arbóreas em sistemas de cultivo em aléias” é o tema da próxima palestra do Programa de Pós­-Graduação em Engenharia Agrícola (Pgeagri) que será realizado amanhã, dia 5 de novembro na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Cascavel.

A palestra é ministrada pela mestranda Lorena Camargo de Mendonça, orientada pela professora doutora Luciana Pagliosa Carvalho Guedes, e abordará sobre a Alelopatia, que consiste na interferência benéfica ou maléfica que um organismo pode causar sobre outro,  mediada por biomoléculas denominadas aleloquímicos.

Essas substâncias são provenientes do metabolismo secundário das plantas e são liberados  no  ambiente via exsudados radiculares no solo ou por substâncias voláteis no ar, podendo promover uma grande diversidade de efeitos nas plantas, como atraso ou inibição da germinação, crescimento paralisado, injúria no sistema radicular, clorose e morte.

Sob o ponto de vista agronômico, a Alelopatia é de grande interesse, pois possibilita não só a seleção de plantas de pastagens que podem exercer um controle sobre plantas invasoras, como também, o estabelecimento de espécies de gramíneas e leguminosas forrageiras que não sejam fortemente alelopáticas entre si podendo compor pastagens equilibradas, com reflexos favoráveis na produtividade.

Em sistemas agroflorestais, como o de cultivo em Aléias, a Alelopatia pode ser uma desvantagem, pois a germinação das sementes e o crescimento das plantas agrícolas podem ser inibidos pela liberação dos aleloquímicos. Por isso, é importante o conhecimento das espécies arbóreas que serão utilizadas nesses sistemas e conhecer sobre os efeitos que seus compostos secundários podem promover sobre as outras culturas.

Visando isso o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito Alelopático de duas leguminosas arbóreas, guapuruvu e angico-vermelho, utilizadas nos Sistemas Agroflorestais (SAF’s), sobre o milho. Os experimentos realizados foram os de germinação e identificação dos compostos secundários presentes nas arbóreas, em laboratório, para testar o efeito das espécies sobre o milho. E também foi realizado um experimento em casa de vegetação para simular o efeito das espécies sobre o milho em campo.