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Unioeste orienta sobre doação de corpos para estudos

Os cursos da área da saúde da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Cascavel, utilizam corpos humanos para estudos disciplinares nos laboratórios da Instituição.  Os corpos são utilizados na disciplina de Anatomia Humana e serve para fins absolutos de pesquisa de acordo com a Lei Federal 8501/1992.

Em todos os cursos (Enfermagem, Odontologia, Medicina, Fisioterapia, Farmácia e Biologia), os alunos que participam das aulas nos laboratórios têm conhecimento do respeito que devem ter ao cadáver, devido ao inestimável valor dos corpos para estudo e da postura ética que devem ter.

Segundo a professora Célia Cristina Leme Beu, a doação dos cadáveres para a Instituição é importante, uma vez que os estudos realizados em corpos possibilitam que os alunos conheçam a organização do corpo e as relações entre suas partes, estruturas e órgãos.

Ainda acrescentou que, caso seja desejo do doador, também é possível doar apenas o esqueleto. “É feito um processo de preparação no qual apenas os ossos da pessoa serão mantidos para montagem do esqueleto”, explica.

A pessoa pode optar a doar o seu corpo ainda em vida, e para ser um doador é necessário apenas conscientizar a sua família, e se necessário fazer um registro em cartório para que seja comprovada e oficializada sua decisão.

O servidor técnico da disciplina de Anatomia e Necropsia, José Carlos Cintra, é a primeira pessoa a doar em vida o seu corpo para a Unioeste. “Sempre trabalhei nos laboratórios, e sei que após a morte é mais indicado que meu corpo sirva para estudos do que não sirva para mais nada”, relata.

No Estado do Paraná a doação de corpos para as Instituições de Ensino Superior (IES) é regulamentada pela Lei Estadual 15.471/07 que criou o Conselho Estadual de Distribuição de Corpos (CEDC). Este é um Conselho instituído com a finalidade de distribuir cadáveres não identificados, ou identificados e não reclamados ou doados para todas as instituições de ensino superior do Estado do Paraná.

Processo de conservação

Com a chegada do corpo na instituição, o primeiro passo é realizar o cadastro do cadáver e após isso, é realizada a fixação (embalsamamento) do mesmo, ou seja, a preparação para a conservação. Este processo, atualmente, é realizado por meio da injeção de formol.

Após a fixação, o corpo é mantido em tanque destinado a esta finalidade, no qual o corpo ficará imerso em solução de formol, cerca de seis meses, antes de começar a ser utilizado em aulas. Todos os corpos são mantidos em tanques com solução de formol.

Vantagens da doação

O benefício é contribuir para melhorar a formação técnica de profissionais da área da saúde. Também permitem desenvolver técnicas cirúrgicas mais eficientes e menos invasivas, possibilitando desenvolver pesquisas médico-científicas.

Além de contribuir para a formação ético-humanista, e fazer com que os alunos possam conhecer as variações anatômicas das estruturas e órgãos que formam o corpo humano.

Os futuros profissionais adquirem condições adequadas ao atendimento das pessoas em sua rotina de trabalho e para as atividades de pesquisa, uma vez que o tema “Respeito ao Cadáver” é a primeira norma apresentada aos estudantes.

Mais informações sobre o CEDC podem ser vistas no site da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti),

http://www.seti.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=38. E também no telefone do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), (45) 3220-3194 ou 7409, falar com José Carlos.

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