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NIT participa de capacitação da organização mundial

Entre os dias 6 a 10 de julho de 2015, na cidade de Recife Pernambuco, o coordenador geral do Núcleo de Inovações Tecnológicas (NIT) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), professor Camilo Freddy Mendoza Morejon, participou do curso “Estratégias de Proteção e Comercialização dos Resultados de Pesquisas de Universidades e Centros de Pesquisa e Desenvolvimento”.

O curso foi promovido pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) em cooperação com o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), Sebrae, Associação Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec, Porto Digital e da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Pernambuco (Sectec-PE).

Segundo os organizadores foram selecionados 60 gestores de Núcleos de Inovação Tecnológica de centros de pesquisas e universidades de todo país para treinamento com professores do Brasil e de outros países especialistas no assunto inovação.

Segundo o chefe da Seção de Difusão Regional em Pernambuco do Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI, Eduardo Bemfica, o curso apresentou exemplos práticos e casos reais de sucesso e fracasso no processo de patenteamento e na transferência de tecnologia. “O curso contou com professores de outros países, para proporcionar uma visão do mercado exterior de transferência de tecnologia”, ressaltou.

A falta de conhecimento sobre os procedimentos têm dificultado bastante os processos de proteção intelectual e consequentemente da transferência dessas tecnologias. Cerca de 70 % dos pedidos de depósitos de patentes não cumprem as etapas administrativas, resultando muitasvezes no arquivamento dos pedidos. “Quando é feito um pedido de depósito de patentes, na verdade é criada uma expectativa de proteção, que segue uma série de procedimentos, entre eles a busca de patentes já existentes no  Brasil e no resto do mundo. Essas e outras questões foram discutidas no curso”, explicou Bemfica.

Outra dificuldade é o monitoramento dessas patentes e suas inserções no mercado produtivo. A Difusão Regional em Pernambuco do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) está articulando uma parceria com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco para criar mecanismo de monitoramento dessas patentes.

Para o diretor de Inovação da Sectec, Alexandre Stanford, o monitoramento dessas patentes é importante para conhecer as pesquisas que vêm sendo desenvolvidas nas universidades e centros de pesquisa por meio dos quais será possível construir agendas cooperativas para desenvolver a inovação. “É um conceito básico na inovação fortalecer a interação entre a academia, o governo e o mercado no sentido de criar uma agenda endógena. A inovação é um processo que só ocorre com a participação de  vários atores envolvidos”, explicou ele salientando ainda que “patentes são um dos vários aspectos que devem ser monitorados para avaliar os níveis de inovação de uma localidade assim como as políticas voltadas para atender o setor de CT&I”, reforçou.

Segundo o professor Camilo Morejon a inovação, nas últimas décadas, vem ocupando espaçode prioridade nos debates acadêmicos e políticos, isto porque se reconhece que o conhecimento criativo é um elemento fundamental para o desenvolvimento das regiões e a capacitação faz parte desse processo. Nesse cenário a Unioeste, engajada nesse processo, é um importante agente fomentador e gerador de tecnologias com características inovadoras, buscando transformar o conhecimento científico e tecnológico eminovações que possam beneficiar a sociedade, em termos econômicos e sociais, explica.

Até a presente data a Unioeste possui vários resultados na área de inovação, dos quais: 28 são depósitos de patentes, três são as cartas patente, 15 registros de softwares, um registro de marca, 15 transferências de tecnologias estabelecidas nos moldes da Lei de Inovação e dois contratos de fornecimento de tecnologia, cujo conjunto está rendendo para a Unioeste o pagamento de “royalties” para a Instituição, as quais são depositadas pelas empresas detentoras do direito de comercialização das tecnologias desenvolvidas na Unioeste. Em termos percentuais, 61% das patentes já se encontram com contratos de licenciamento/transferência de tecnologia.

Como resultado da disseminação da cultura de inovação no âmbito institucional, espera-se a continuidade do aumento do número de registros de propriedade intelectual da Unioeste, além de ampliar o número de contratos de fornecimento, transferência e licenciamento de tecnologias desenvolvidas  na Universidade, e assim fortalecer as parcerias entre a universidade, empresa e a sociedade.

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