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Unioeste licencia patentes para a indústria PETROAÇO LTDA

Nesta segunda-feira (14/09) mais um contrato de licenciamento/fortalecimento de tecnologia para outorga de direito de uso/exportação comercial foi assinado pelo reitor, Paulo Sérgio Wolff, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) em parceria com a Indústria Petroaço São João LTDA de Toledo-PR.

Por meio desse contrato, o relacionamento Universidade-Empresa, nos moldes da Lei de Inovação, deve viabilizar a inserção no mercado de produtos tecnológicos desenvolvidos na Instituição para buscar novos modelos de negócio no setor industrial.

Segundo o coordenador geral do Núcleo de Inovações Tecnológicas (NIT), professor Camilo Freddy Mendoza Morejon, o produto tecnológico, objeto do contrato de Licenciamento de tecnologia, é resultado de estudos de caso do projeto “Pró-Natureza Limpa”, do programa de Pós-Graduação em Engenharia Química (PEQ) da Unioeste /Campus de Toledo. Neste caso, refere-se a uma “Usina para a industrialização de resíduos orgânicos provenientes da suinocultura e bovinocultura”.

Quem colaborou para a parceria foi Anderson Reis Correia, formando do curso de Engenharia Química da Unioeste que, agora forma a equipe da indústria Petroaço São João LTDA. “Tive conhecimento do projeto após uma conversa com o professor Camilo e a questão foi unir o útil ao agradável, pois como eu já sabia que o sócio proprietário da empresa, Leonir Bortolotto, tinha um sonho de seguir o caminho da bioenergia recomendei a ele que entrasse com contato com a Universidade para formalizar um pedido de parceria. Assim, as coisas aconteceram e agora com o contrato assinado temos o desafio de viabilizar a Usina para a industrialização de resíduos orgânicos provenientes da suinocultura e bovinocultura, sonho dos envolvidos nesta parceria”, declara Anderson.

“Antigamente a empresa já possuía um produto voltado à área de aproveitamento de dejetos de suínos, mas percebemos que era um produto caro e nem todos os agricultores teriam condições de investir na tecnologia, por esse motivo há anos sonhávamos com o projeto” explica Leonir. Agora com a parceria universidade-empresa pretendemos dar muitos frutos, tanto para a Petroaço quanto para a Unioeste, enfatiza.

Na ocasião o reitor, Paulo Sérgio Wolff afirma também que “a parceria Universidade-Empresa além de contribuir com o atendimento das demandas tecnológicas do setor industrial, cria um espaço diferenciado para a atuação dos nossos pesquisadores, que de modo geral, contribui para o desenvolvimento tecnológico do Brasil”.

O aproveitamento por meio da industrialização dos dejetos da suinocultura em uma unidade centralizada com tecnologia da Unioeste será o primeiro no município, afirma o secretário de Agricultura de Toledo, José Augusto de Souza. Ele esclarece que somente a viabilização do aproveitamento do biogás resultante deste modelo de projeto, vai propiciar o desenvolvimento que tanto se busca com relação à energia renovável na região Oeste do Paraná.

“Hoje o município tem um potencial de produção em torno de 150 mil metros cúbicos por dia de biogás, e se transformarmos isso em biometano pode gerar em torno de 100 mil metros cúbicos de combustível. Atualmente o valor comercial chega próximo a um real o metro cubico, então é uma economia diária de R$ 100 mil que pode gerar riquezas para o município de Toledo”. Assim, José garante que o projeto é viável e a implantação da tecnologia da Unioeste deverá fazer diferença nos próximos anos, no crescimento da suinocultura, na geração de emprego e renda, bem como na economia do município de Toledo tornando-a atrativa para novos negócios.

Usina de Resíduos Orgânicos

A usina para a industrialização de dejetos da suinocultura e da bovinocultura, desenvolvida no PEQ/Unioeste, compreende:

1) Sistema modular para separação e coleta dos dejetos, a ser instalada nas propriedades localizadas nas proximidades da fonte geradora de dejetos/efluentes líquidos, o qual tem como base duas patentes (Sistema modular compacto de Flotação para tratamento de afluentes/efluentes provenientes de diversas fontes e Sistema modular compacto de decantação para tratamento de afluentes/efluentes provenientes de diversas fontes);

2) Sistema modular para biodigestão de dejetos orgânicos da suinocultura e da bovinocultura, o qual tem como base duas patentes (Biodigestor modular para a produção de biogás, biofertilizante e bioração e sistema modular de coleta, transporte e industrialização de resíduos sólidos domésticos);

3) Sistema modular para o transporte de biogás (dentro da usina), o qual tem como base uma patente (Gasoduto para transporte de biogás proveniente da biodigestão anaeróbica de resíduos orgânicos com separação simultânea de umidade);

4) Sistema para a purificação de biogás, o qual tem como base uma patente (Sistema para remoção do gás sulfídrico e do gás carbônico contido no biogás resultante da biodigestão anaeróbica de resíduos orgânicos);

5) Sistema para a desumidificação do biogás, o qual tem como base uma patente (Dispositivo para depuração da umidade residual contida no biogás resultante da biodigestão anaeróbica de resíduos orgânicos);

6) Sistema para tratamento final dos lodos da biodigestão (tecnologia em fase de patenteamento).

Finalizando o professor Camilo enfatiza que “inovação não é o depósito de patente e nem mesmo a patente concedida. Inovação é a inserção das patentes no mercado em benefício direto ou indireto da sociedade. Na Unioeste, esse desafio tem–se tornado uma prática rotineira, pois até a presente data somam 24 patentes licenciadas para o setor produtivo, nos moldes da lei de inovação”.

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