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Projeto da Unioeste promove desenvolvimento sustentável

Capacitar autoridades locais para trabalhar de forma coordenada e fomentar a participação cidadã na tomada de decisões em questões relacionadas ao desenvolvimento sustentável nas regiões parceiras é o objetivo do projeto de Capacitação de Autoridades Locais para o Desenvolvimento Sustentável (Caldes).

Liderado pela Mancomunitat de Ribera Alta, da Espanha, o projeto que envolve o estado do Paraná, representado pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Cantón de Upala, na Costa Rica e Agua Grande, em São Tomé e Príncipe, recebe recursos financeiros da União Europeia (EuropeAid), com contrapartida de recursos humanos dos parceiros.

O vice-reitor da Unioeste, Carlos Alberto Piacenti, coordenador institucional do projeto e a coordenadora externa, Marilene Giachini, recepcionaram a comitiva internacional formada por representantes da Costa Rica, Espanha e São Tomé e Príncipe, que visitaram os municípios beneficiários do projeto, nas cidades de Toledo, São Pedro do Iguaçu e Tupãssi, no período de 25 a 27 de novembro.

Benefícios para as cidades

A comitiva visitou, no final do mês passado, o município de Toledo, onde representantes do projeto junto com o prefeito Beto Lunitti apresentaram os avanços no período de execução, como a doação de 110 coletores de lixo reciclável e curso sobre o uso racional da água para professores da rede municipal.

Em São Pedro do Iguaçu foram trocadas todas as torneiras de uma escola municipal por um modelo inteligente (que se fecha sozinha), reduzindo o consumo de água. Para avaliar estatisticamente a redução, foram levantados os valores consumidos antes e depois da instalação das novas torneiras. Para conscientizar os alunos, foram realizadas palestras e treinamento sobre educação ambiental.

A equipe fez também a entrega de equipamentos e de um caminhão que serão utilizados na coleta e separação dos materiais recicláveis em Tupãssi, além de 80 contêineres distribuídos em diversos locais da cidade para ampliar a coleta seletiva. O município já havia recebido uma central de triagem que está em funcionamento e onde é feita a separação e comercialização dos materiais recolhidos.

"O investimento total em Tupãssi foi de R$ 351 mil, com recursos do projeto Caldes e contrapartida de R$ 150 mil da Prefeitura", informa Piacenti, ao ressaltar que "com a coleta seletiva, a associação de coletores, consegue gerar renda na ordem de R$ 1 mil para cada uma das famílias envolvidas no projeto".

Mudança no trabalho

Lucimar Pereira dos Santos, presidente da Associação dos Catadores de Tupãssi, comenta sobre as melhorias no seu trabalho, afirmando que foram de cem por cento. “Antes trabalhava no sol e na chuva, agora tem o barracão, assistência e entendimento sobre os tipos de reciclados". Ele explica que antes as pessoas enterravam os plásticos, não separavam. E os catadores não conheciam os diferentes tipos de plásticos. “Cada um tem um preço diferente no mercado", explica ele.

O tesoureiro da Associação, Francisco Ginês Valentim, revela que antes trabalhava recolhendo o material na rua, guardava em casa e depois vendia. Ao ser convidado para trabalhar na central, seu trabalho melhorou. "Mudou para melhor e agora eu sei que tenho um lugar para retornar todo dia". Além da segurança, Francisco conta que "na rua eu ganhava menos, aqui o salário está melhorando a cada dia”.

Na central de triagem em que Lucimar e Francisco trabalham, há uma esteira para separação de materiais recicláveis, que em seguida passa por uma prensa, formando blocos prontos para serem vendidos para a indústria, onde são transformados em matéria-prima para novos produtos.

“Atualmente nós recebemos representantes de diversos lugares que querem copiar o nosso modelo sustentável de destinação do lixo. Vamos seguir trabalhando para que, em breve, nossa cidade se torne referência para o Brasil neste setor”, diz o prefeito José Carlos Mariussi.

Para o professor Carlos Alberto Piacenti, o sucesso desse projeto está na eficiente parceria com os municípios. “Além dos prefeitos, a comunidade local entendeu a lógica do projeto, que é o processo de educação ambiental, a participação cidadã, e a preocupação de construir ações de caráter duradouro de preservação ambiental".

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