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Escovas Progressivas com Formol: Perigo à Saúde

 Simone Maria Menegatte de Oliveira

 

ATENÇÃO AMANTES DO CABELO ALISADO!

 

Apesar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter proibido há cerca de quatro anos o uso do formol (ou formaldeído) como alisante capilar, podem existir ainda empresas utilizando produtos com esta substância tóxica e cancerígena em suas escovas progressivas ou inteligentes, visando ampliar a capacidade alisante dos produtos.

A Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 36, de 17 de junho de 2009, proíbe a comercialização do formol como alisante capilar, com o objetivo de proteger a saúde de profissionais cabeleireiros e consumidores. Para atingir o efeito alisante, o formaldeído é empregado em concentrações de 20 a 30%, o que é totalmente vetado, por ser um produto químico muito volátil (que pode evaporar), podendo desta forma ser facilmente inalado.

O formol se liga às proteínas da cutícula do cabelo e aos aminoácidos hidrolizados da solução de queratina, formando um filme endurecedor ao longo do fio, impermeabilizando-o e mantendo-o rígido e liso. O aspecto externo final do fio de cabelo é liso e brilhante, mas, por dentro, desidratado e quebradiço. O fio torna-se suscetível à fratura, em consequência dos traumas normais do dia a dia, como pentear e prender os cabelos.

O formol é permitido no mercado de cosméticos somente em concentração de até 0,2% como conservante (RDC nº 162, de 11 de setembro de 2001 da Anvisa) e 5% como endurecedor de unhas (RDC nº 215, de 25 de julho de 2005 da Anvisa).

A inalação desse composto pode causar irritação nos olhos, nariz, mucosas e trato respiratório superior. Em altas concentrações, pode causar bronquite, pneumonia ou laringite. Os sintomas mais frequentes são dores de cabeça, tosse, falta de ar, vertigem, dificuldade para respirar e edema pulmonar.

A carcinogenicidade do formol foi investigada por quatro instituições internacionais de pesquisa e o produto foi classificado em 1995 pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) como carcinogênico para humanos (Grupo 1), tumorigênico e teratogênico, por produzir efeitos na reprodução para humanos.

Os alisantes são produtos registrados como cosméticos de grau de risco dois junto à Anvisa, ou seja, necessitam de registro para comercialização.

Para se certificar de que o produto alisante é livre de formol, procure na embalagem o número do registro. Ele deve vir precedido das siglas Reg. Anvisa ou MS ou ANVS, iniciar pelo dígito dois e ser seguido por outros nove ou 13 números.

Com esse código em mãos, acesse o link da Anvisa: http://www7.anvisa.gov.br/datavisa/Consulta_Produto/consulta_cosmetico.asp (preencha o campo “nome produto” ou “número de registro”, de preferência). Em caso de dúvidas ou denúncias, entre em contato pelo e-mail: Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo.. Para efetuar denúncias sobre suspeita ou produtos irregulares, consulte também a Vigilância Sanitária de sua cidade.

A Farmácia Escola da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste Farma), por meio dos seus docentes, também está disponível para fornecer informações relacionadas ao tema. A Farmácia Escola está localizada no Bloco de Clínicas do Campus de Cascavel e situa-se ao lado da Clínica de Odontologia. O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 8 às 12 horas e das 13:30 às 20 horas, ou pelos telefones 3220.3270 ou 3220.3192.

 

* A autora é professor do curso de Farmácia/ disciplina Estágio Supervisionado de Manipulação Alopática e Homeopática – da Unioeste – Campus Cascavel.

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