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Universidade discute implantação de Licenciatura e Bacharelado em Libras

Toda criança tem direito a educação. Logo, para que ela seja educada é necessário que educador e aluno falem a mesma língua. Mas e quando o aluno tem necessidades especiais? Cabe ao educador compreender e saber lidar com a situação.

Pensando na necessidade dos educadores aprimorarem seus métodos de comunicação e buscando efetivar a educação inclusiva no âmbito de Cascavel e Região, profissionais da Universidade Estadual do Paraná (Unioeste), irão apresentar ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) o Projeto Pedagógico dos cursos de Licenciatura e de Bacharelado em Letras/Língua Brasileira de Sinais/Libras, na modalidade à distância (EAD).

A reunião extraordinária será realizada amanhã, dia 24, na sala dos Conselhos Superiores, na Reitoria da Unioeste, com início às 10 horas.

O projeto

Ao longo dos últimos 10 anos, profissionais da Unioeste vêm discutindo possibilidades de constituir a formação em nível superior de Docente de Libras e de Tradutor/Intérprete de Libras/Português/Libras. Nesse sentido, os mesmos estão envolvidos em concretizar a oferta do curso de Graduação em Letras/Libras – EAD nesta Universidade.

Desde o ano de 2010, por meio de esforços da equipe que busca efetivar a EAD na Unioeste, constituíram-se mecanismos para que a Universidade propicie essa formação, a qual se apresenta como emergente para a sociedade em geral, uma vez que a demanda de alunos que necessitam dos serviços do tradutor/interprete de Libras vem crescendo gradativamente.

Segundo o IBGE (2010), existem somente no Estado do Paraná cerca de 520 mil pessoas com deficiência auditiva/surdos que necessitam do atendimento educacional especializado. Outro aspecto a ser considerado neste contexto está relacionado à exigência do Decreto Federal 5626/2005, que potencializou a demanda de professores de Libras, exigindo a oferta da disciplina de Libras em todas as licenciaturas.

Segundo a Equipe do Programa de Educação Especial da Unioeste, este Decreto que regulamenta a formação bilíngue nas escolas públicas brasileiras está longe de se efetivar, tendo em vista a escassez destes profissionais no mercado de trabalho.

Eles ainda observam que a EAD, por sua natureza didática e sua capacidade de atingir públicos maiores e mesmo distantes de sua sede, amplifica a capacidade de atender a uma demanda sem fronteiras e barreiras geográficas, criando a oportunidade dos cidadãos cursarem uma graduação que, por sua vez, vai corresponder à necessidade local de profissionais, Docentes e Interprete de Libras, para atuarem diretamente em sua cidade. “Entendemos que a oferta desse curso contribuirá para a efetiva inclusão dos surdos na sociedade, segmento este que socialmente sempre ficou à margem das políticas educacionais o que impede o seu exercício de cidadania” afirmam.

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