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Cepe aprova Projeto Pedagógico do curso de Libras

O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) aprovou, na terça-feira, dia 24, os Projetos Pedagógicos dos cursos de Bacharelado e Licenciatura em Letras/Língua Brasileira de Sinais (Libras), na modalidade à distância.

Os cursos visam preparar profissionais para trabalhar com Libras, o bacharel proporciona educação inclusiva a estudantes com problemas auditivos e pode trabalhar como tradutor/intérprete, enquanto o licenciado pode ser professor de Libras em cursos superiores.

O projeto foi discutido e elaborado ao longo de anos pela equipe do Programa de Educação Especial (PEE) da Unioeste e objetiva a formação de nível superior na área, uma vez que a inclusão é um tema emergente para a sociedade, visto que o número de alunos que necessitam dos serviços do tradutor/intérprete de Libras cresce gradativamente.

A Pró-reitora de Graduação, Liliam Faria Porto Borges, observa que “a Unioeste está respondendo a uma demanda imensa, do ensino superior e também da educação básica, que é a formação do professor e do tradutor intérprete em Libras. A legislação exige que os cursos tenham a disciplina de Libras, mas temos muita dificuldade em contratar professores, pois há poucos cursos de graduação em Libras”, afirma.

A proposta aprovada é um projeto pontual, com uma turma única para atender um volume maior de pessoas, devendo suprir uma lacuna que existe em todo o estado do Paraná. Para Liliam “ainda que se forme 100 pessoas isso vai ser pouco, dado ao volume de demanda que há na educação básica”.

O curso será na modalidade Educação a Distância (EAD) pelo fato de não haver corpo docente para assumir um curso de graduação, que, ainda não existe em nenhuma universidade do Paraná. “Com a EAD conseguimos constituir um corpo docente em muitos espaços e em outras universidades do Brasil, que fazem uma força-tarefa para que se forme a primeira turma”, informa a Pró-reitora.

A aprovação no Cepe é o primeiro passo para a viabilização do projeto, que depende também da liberação dos recursos do Governo estadual. Como é um projeto e não um curso regular terá financiamento diferenciado. “Assim que a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior liberar vamos fazer vestibular extemporâneo, com 80 vagas”, explica a Pró-reitora.

Ela enfatiza ainda que “a aprovação no Cepe é uma vitória para a Unioeste. Será uma turma em caráter de ‘experimento pedagógico’, ou seja, não é um curso regular, é uma experiência pontual para atender uma demanda urgente da educação inclusiva. É um gargalo das universidades, porque os nossos cursos de graduação tem Libras no seu Projeto Político Pedagógico, mas faltam docentes. Assim, poderemos atender esta reivindicação”.

Língua Brasileira de Sinais

A Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi desenvolvida a partir da língua de sinais francesa. As línguas de sinais não são universais, cada país possui a sua. Os sinais são formados por meio da combinação de formas e de movimentos das mãos e de pontos de referência no corpo ou no espaço.

De acordo com a legislação vigente, Libras constitui um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas com deficiência auditiva do Brasil, na qual há uma forma de comunicação e expressão, de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria.

O Ministério da Educação, em seu site, informa que “a presença, em sala de aula e em outros ambientes educacionais, do tradutor e o intérprete da Língua Brasileira de Sinais é importante para que os alunos surdos tenham acesso aos conteúdos escolares, contribuindo para a melhoria do atendimento e o respeito à diversidade linguística e sociocultural dos alunos surdos de nosso país”.

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