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Docente da Unioeste publica artigo em livro de Paulo Freire

O artigo “Paulo Freire e o exílio no Chile: Uma contribuição recíproca para uma visão de mundo”, que compõe atualmente um dos capítulos do Livro “Paulo Freire: anistiado politico brasileiro”, tem como autor o professor Marco Antônio Batista Carvalho, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).

O artigo, que agora integra o livro lançado em outubro de 2012, e que trata sobre o período de exílio de Paulo Freire no Chile, havia sido publicado, anteriormente, na Revista Educere et Educere, em seu volume 4, número 7 no ano de 2009. Nele, o professor Marco Antônio observa que “[...]’O caminho se faz caminhando’, Paulo Freire trilhou os desafios em outras frentes, em outros solos, em outras culturas, até o 2 de maio de 1997, dia em que seu corpo morreu”.

Docente do curso de Pedagogia no Campus de Cascavel, Marco Antônio, que coordena atualmente o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) na Unioeste, recebeu o convite em 2011, para ter seu artigo publicado no livro. Moacir Gadotti, um dos autores e organizadores da obra, leu o artigo do professor e lhe enviou o convite para participar. “Fiquei lisonjeado. Eu não esperava que o livro fosse ficar tão bem acabado”, diz Marco Antônio.

Retratando experiências

O professor conta que tem se dedicado a estudar a obra do educador Paulo Freire desde o início dos anos 90, e a ideia de produzir o artigo surgiu de uma própria “provocação” de escrever sobre o livro “Pedagogia do Oprimido”, obra realizada pelo pensador durante seu tempo de exilio no Chile. “Eu queria saber como e sob que influências ele escreveu o livro naquele País”, declara o professor.

O artigo escrito por Marco Antônio destaca o estudo e a militância de Paulo Freire junto a movimentos organizados, e seu envolvimento com trabalhadores das áreas rurais do Chile. País onde o educador produziu obras que foram consagradas mundialmente no campo da educação. Em seu artigo, o professor registra momentos vividos por Freire antes do exílio e que culminaram com sua ida para o Chile. “Passei 75 dias na cadeia. Lá, tive diferentes experiências, relativas aos tipos de cela e aos tipos de relacionamento humano com as pessoas na prisão e com as pessoas que nos puseram na prisão...”, relata em trecho extraído de uma de suas muitas obras.

O livro, produzido pelo Instituto Paulo Freire, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça e a Editora e Livraria Instituto Paulo Freire, possui 10 autores, entre eles, amigos e conhecidos do educador. O lançamento do livro foi realizado em Brasília no dia 15 de outubro de 2012, quando é comemorado o Dia do Professor.

Com distribuição gratuita, a obra possui capa dura e 156 páginas em formato colorido, foi produzido por meio do projeto Marcas da Memória e não possui fins lucrativos. “Esperamos que o leitor aprecie este livro sobre um brasileiro que ousou valorizar no processo educacional, o saber próprio de cada indivíduo, propondo a contextualização do ensino-aprendizagem a partir da vivência dos educandos. Paulo Freire será plenamente anistiado quando o Brasil estiver livre do analfabetismo”, afirma o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão.

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