Ala Psiquiátrica do HUOP vive novo momento

A Ala Psiquiátrica do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) está recebendo atenção especial de toda a equipe como: enfermeiros, médicos, técnicos e psiquiatras. Os profissionais da unidade hospitalar estão desenvolvendo diversos projetos terapêuticos através do Plano de Desenvolvimento de Agente Universitário (PDA). A ala passa pelo processo de credenciamento junto ao SUS e após isso poderá ser renomeada como Ala de Desintoxicação do HUOP.

Solânia Durman, enfermeira docente da Unioeste, explica que o plano terapêutico propõe uma série de atividades para os pacientes e a possibilidade de inserção social. “Estamos fazendo o possível para não dar somente a assistência enquanto os pacientes estão em tratamento dentro do hospital, mas também a partir do momento que saem daqui”, afirma. Ela e a responsável pelo setor, enfermeira Josefa Brás Silva, explicam também que as crianças e adolescentes que tem algum envolvimento com álcool ou drogas permanecem no HUOP cerca de 15 a 30 dias com remédios controlados e depois, é verificado o melhor destino para cada um deles. “Os pacientes podem ser encaminhados ao Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Droga (CAPS-AD), ou para a Comunidade Terapêutica”, ressalta a docente, lembrando que é preciso essa análise e acompanhamento para tentar evitar que os pacientes tenham uma recaída e retornem ao hospital.

Desde 2007 o setor é alvo de muitas críticas, mas felizmente nos últimos tempos, vem passando por várias mudanças que auxiliam na recuperação dos pacientes e no trabalho dos funcionários. A enfermeira Marlene Caldas Batista conta que diversos cursos de treinamento estão sendo aplicados para a capacitação dos funcionários além de o Serviço Social estar sempre presente. “Hoje temos uma unidade mais aberta. Por exemplo, antes não poderíamos imaginar que a Comunicação viria aqui fazer uma matéria”, ressalta. Ela diz que atividades pedagógicas são aplicadas, um teólogo vai até a ala toda semana conversar e passar seus conhecimentos aos pacientes, além da presença do grupo Narcóticos Anônimos (NA),  fazer reuniões a cada 15 dias. Nas datas comemorativas os pacientes juntamente com o apoio do Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar (SAREH) e restante da equipe estão produzindo cartões personalizados para cada data e levam até o profissional no setor do hospital.

Outro fator que a enfermeira Solânia diz ser inédito é a reunião semanal de trabalho com toda a equipe da Ala Psiquiátrica, para tratar de discussões da unidade onde tudo é decidido no coletivo. “O trabalho é em grupo e necessita da colaboração de todos. Foi assim que conseguimos a instalação de bebedouros dentro da ala e também foi assim que conquistamos um quadro de livre expressão para os pacientes utilizarem nas suas atividades”, exalta ela.

Reformas

A reforma da Ala Psiquiátrica já está em andamento. A equipe de engenharia da Unioeste já fez as avaliações e desenvolveu uma planta para a adaptação do local. No projeto está previsto a construção de uma quadra para praticarem esportes e uma sala de leitura. Nesta readequação serão instalados computadores para os jovens realizarem atividades. Um estagiário da informática foi designado para auxiliar os funcionários em pelo menos um dia da semana. Solânia Durman ressalta que a equipe busca a implantação da assistência psicológica exclusiva à Ala. “Também temos projetos culturais para serem desenvolvidos para estimular a arte. Aos poucos novos projetos estão sendo implantados. São pequenas coisas que estamos conseguindo, mas juntando tudo, faz grande diferença”, finaliza ela.