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Ingresso e Permanência na Universidade são discutidos em Toledo

Com o tema “Ingresso e Permanência na Universidade, e a Universidade do futuro”, aconteceu na última segunda-feira, no Campus de Toledo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), o terceiro encontro do Ciclo de Debates “Universidade e Sociedade Contemporânea”,organizado pelo Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCHS) e pelo Núcleo de Documentação, Informação e Pesquisa (NDP).

De acordo com o professor coordenador do NDP, Roberto Biscoli, o evento teve a proposta de discutir as formas de ingresso na Universidade por parte dos acadêmicos, que tradicionalmente é feita através do vestibular. “Conversamos ainda sobre a permanência desses acadêmicos, buscando mecanismos que proporcionem a estabilidade dos universitários durante a graduação, como as bolsas de estudo”, observou.

A palestrante convidada foi a professora Doutora Lilian Farias Porto Borges que é Pró-Reitora de Graduação da Unioeste. A docente apontou para a importância de se discutir esses temas falando que é preciso construir uma saída coletiva, pois ninguém possui respostas prontas para questões tão complexas, como esta de discutir políticas sociais de assistência estudantil.

Lilian explicou sobre a necessidade urgente que a Unioeste possui de rever a forma de ingresso na Instituição, “o que todos temos é a contundência de que a universidade necessita mudar, e que decisões precisam ser tomadas. “Vivemos numa realidade diferente de quando a Unioeste foi criada, tivemos uma ampliação no ensino superior e a Universidade precisa responder a essas novas demandas”,afirmou.

Resultados

Conforme o professor de Filosofia, Remi Schorn, o Ciclo de debates se legitima porque traz temas de extrema relevância para a comunidade acadêmica e externa. “Estamos tratando uma questão social que é o papel da universidade, a relevância social e a forma pela qual esta Instituição oferta suas vagas, sem que seja desperdiçado nenhum banco na sala de aula”, informou.

O professor esclarece que a ideia de se fazer esses encontros é porque os docentes estavam convictos de que esses debates não iriam acontecer por conta do caminhar normal da Instituição. “Acreditamos que é preciso certo grau de informalidade para que esse debate possa acontecer de forma mais espontânea, para que produzam entendimentos, que possam ajudar na estrutura formal da universidade, e que possam vir a repercutir nas políticas nacionais”, comentou.

Remi diz ainda que essas conversas vão continuar e precisam ser mais aprofundadas. “No ano que vem, retornamos com uma nova articulação, preferivelmente mais ampla de debates com os outros centros, e pretendemos fazer isso refletir também nos outros Campi, o debate não se encerra no Campus de Toledo”, adiantou.

Segundo o acadêmico de Filosofia, Angelo Eduardo da Silva Hartmann, a conversa foi interessante porque permitiu reassumir o compromisso que a comunidade acadêmica tem com os desafios da universidade. “As correções efetivas que precisamos fazer para favorecer a permanência dos estudantes dependem das concepções que serão adotadas acerca da igualdade, do papel da universidade, do valor que atribuímos ao conhecimento humano. Estamos acendendo a importância que os debates têm para o a construção não apenas da Unioeste, mas de uma sociedade na qual a lógica da exclusão será substituída pelo processo de inclusão social”, afirmou o universitário.

Excelência no ensino

A Pró-Reitora de Graduação aproveitou o momento para falar sobre o bom desempenho que a Universidade vem tendo. “A Unioeste tem respondido muito bem nas produções acadêmicas e de pesquisa, temos melhorado na extensão, e no momento, precisamos olhar para a graduação com atenção, no que se refere aos cursos em si e na forma de ingresso aos mesmos”, pontuou Lilian. A docente disse ainda que junto ao ingresso, está amarrada a questão da permanência na Universidade.

Sobre o convite de participar do Ciclo de Debates, Lilian disse que ficou muito feliz de ter participado. “Foi uma tarde bastante proveitosa onde tive a oportunidade de ouvir alunos e professores que por intermédio dos seus pensamentos podem ajudar no encaminhamento da gestão”, comentou.

Lilian finalizou dizendo que a Universidade que vislumbra para o futuro é uma universidade onde é assegurado o ingresso e a permanência nos estudos para todos os cidadãos, “penso num estudo universal, onde todos têm acesso ao ensino superior”. Segundo o professor Roberto Biscoli, todas estas discussões que o Ciclo de debates vem produzindo visam discutir a universidade “que queremos para o futuro”, afirmou Biscoli.

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