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Programa de Filosofia auxilia na formação de novos professores

Formar novos e bons professores para a educação básica é o que o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (Pibid) vinculado ao Programa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) pretende. O Programa concede bolsas de auxílio no valor de R$ 400,00 para os alunos de licenciatura participantes de projetos de iniciação à docência, desenvolvidos por Instituições de Educação Superior (IES) em parceria com escolas de educação básica da rede pública de ensino.

A graduação de Filosofia do Campus de Toledo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) possui vinte acadêmicos participantes deste projeto. Os universitários por intermédio do programa buscam tornar a Filosofia uma atividade prazerosa e interessante, para que os alunos da educação básica possam estudar esta disciplina com dedicação e por vontade própria.

Segundo informa o coordenador do Pibid de Filosofia no Campus de Toledo, Remi Schorn, o programa surgiu em virtude da preocupação que o Ministério da Educação tem com a formação de novos professores. Ele explica que o principal objetivo do projeto é aproximar os futuros professores das escolas. “Queremos formar professores de Filosofia não tradicionais, que saibam aliar a teoria absorvida na academia, com metodologias adequadas para os estudantes do ensino médio, esse é o mérito do Pibid”, afirma.

Trabalho

As atividades dos acadêmicos participantes consistem em ir às escolas, fazer oficinas com os alunos, produzir materiais didáticos inovadores, que precisam ser desafiadores e criativos. “Isso é pensado de tal forma que a Filosofia possa ser feita em um ambiente de criação e não necessariamente num ambiente de repetição de ideias anteriores”, salienta Remi.

O professor esclarece que para a Filosofia ter sentido na vida dos alunos é necessário que os universitários se baseiem na produção da Filosofia a partir de problemas e situações. “Precisa haver um conjunto de elementos que façam sentido para o estudante do ensino médio, que de alguma forma fazem parte da vida deste aluno, para que ele possa crescer na aprendizagem, construindo seu conhecimento”, afirma.

Além dos trabalhos desenvolvidos pelos acadêmicos nas escolas, eles precisam participar semanalmente de reuniões regulares com o professor coordenador da Unioeste. Neste ano o grupo organizou ainda na instituição, doze seminários onde foi abordado o tema formação de professores. “Os seminários se desenvolveram com leitura, estudo e apresentação de textos sobre a temática, depois por meio de debates os alunos discutiram como este conteúdo pode ser passado aos alunos do ensino médio”, comenta.

Resultados

De acordo com Remi os maiores beneficiados com o programa são os alunos das escolas que estão tendo a oportunidade de participar de aulas com graduandos,  que estão buscando inovações na maneira de ministrar aulas. “São inúmeras atividades diferenciadas que os acadêmicos estão produzindo e levando até as escolas”, ressalta.

O professor comenta ainda que segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) os melhores índices de aprendizagem estão nas escolas que possuem metodologias que associam a teoria com a prática. “O Pibid é uma tentativa de fazer isso, os universitários têm aulas de Filosofia na Instituição, e depois, eles partem para escolas onde vão aprender a desenvolver métodos para ministrar conteúdos, com uma dinâmica específica”, revela.

De acordo com o professor João Batista Rodrigues Lopes, do Colégio Estadual Antônio José Reis, o qual recebe alunos do Pibid, esses acadêmicos estão desenvolvendo um trabalho interessante. O professor explica que os professores de filosofia regulares não possuem tempo adequado para a elaboração de aulas mais criativas. “Já os participantes do Pibid têm tempo de preparar as aulas para que as mesmas se tornem mais práticas”, afirma.

João Batista assegura que os alunos do colégio gostaram das oficinas de Filosofia diferenciadas. “Projetos como esse estão no caminho certo”. O docente informa que os benefícios que este trabalho trouxe estão relacionados principalmente com a importância de se estudar Filosofia. “Estudar filosofia é sempre útil, pois ela auxilia na prevenção da violência nas escolas. Por intermédio destas aulas os alunos se tornam mais tolerantes, suas atitudes e postura mudam, eles ficam mais abertos a resolver os problemas por meio do diálogo”, ressalta.

O tutor do programa junto a Unioeste, Remi Schorn, acredita ainda que se o Pibid for consolidado como um programa com bom desempenho, ele pode mudar o perfil dos professores no Brasil. “Isso é uma guinada, de uma aula não mais apenas expositiva, mas que tenha outros elementos para maximizar a construção do conhecimento. Que o novo professor se torne mais democrático, considerando o aprendizado que o aluno traz para a sala de aula”, finaliza.

 

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