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Central de Notícias

Encontro sobre Diversidade Étnico Racial em Toledo

Nos dias 15, 16 e 17 deste mês, aconteceu o X Encontro do Fórum Permanente de Educação e Diversidade Étnico Racial do Paraná (Fpeder) na cidade de Toledo. O evento contou com a presença dos representantes do Fórum, professores de quilombos, da rede municipal e estadual,  as comunidades negras e ciganas, e  teve o objetivo de debater os avanços, limites, dificuldades e as perspectivas nos dez anos de vigência da Lei.

A cerimônia de abertura aconteceu no Teatro Municipal de Toledo. O tema escolhido para o Fórum foi os “Dez anos da Lei 10639/03, perspectivas e desafios em sua implementação na educação escolar do Paraná”. As atividades continuaram na sexta com palestras e oficinas relacionadas à temática do encontro, e no sábado, com a realização da plenária para a elaboração de um documento que orientará políticas públicas para a questão das relações étnico-raciais.

Para Marli Francisca Peron, professora aposentada e diretora do Departamento de Diversidade da Secretaria do Estado da Educação, o evento é uma usina geradora de proposições e informações para a Secretaria do Estado da Educação, no que se refere à proposta pedagógica, o projeto político pedagógico e as políticas públicas que devem ser implementadas nas escolas de  quilombola. “Este é um momento de fazer uma balança das conquistas feitas até aqui e o que teria que ser alcançado ainda para que se efetivasse realmente a lei”, diz ela.

Marli também ressalta que ainda existe uma invisibilidade muito grande do cigano dentro da história do Estado e do País, comparado ao negro que já é amparado pela Lei.  “Conforme foi dito na noite de abertura do evento, não é que os ciganos não querem estudar, eles não se sentem sujeitos pertencentes aquele tipo de escola. Muitas vezes eles para não serem motivos de chacota e descriminação, abrem mão da sua cultura para poder ser aceito”.

Verani Salete Del’Ré é professora de História da rede estadual e participou da oficina “Desmistificação de mitos e lendas sexuais”, realizada no Campus de Toledo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Ela conta que hoje em dias as salas de aula são compostas por diversos tipos de alunos, e muitas vezes o estudante que está se descobrindo homossexual é discriminado pelos demais, e por isso, é preciso saber a maneira certa de agir a fim de ajudá-lo. “Esta oficina é muito importante porque traz uma base teórica para nós professores aprendermos como lidar com este aluno, poder intervir e ajudar para que ele seja feliz do jeito que é. E que os outros também possam entender a situação e levar com naturalidade”, conclui.

Os Encontros Anuais do Fórum são realizados desde 2004 e, o último foi em Maringá no ano passado, que teve como tema "As Relações Raciais no Trato Pedagógico da Diversidade, Visando uma Escola com Educação Cidadã”.

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