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Grupo Getech faz parcerias internacionais

O Grupo de Pesquisa em Tecnologia de Produção e Conservação de Recursos Pesqueiros e Hídricos (Getech), vinculado ao Campus de Toledo da Universidade Estadual o Oeste do Paraná (Unioeste), foi formado em 2007 e atua predominantemente nas áreas de Ciências Agrárias, Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca, tendo como linhas de pesquisa, “Ecologia de Peixes de Águas Interiores” e o “Manejo de Recursos Pesqueiros de Águas Interiores”.

 Entre os colaboradores do Getech estão professores pesquisadores, técnicos, mestrandos do Programa em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca e de Conservação e Manejo de Recursos Naturais, e alunos das graduações de Engenharia de Pesca e Química, da Unioeste, alunos de Ciências Biológicas, da Universidade Paranaense (Unipar) e de Medicina Veterinária, da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

 As pesquisas do grupo consistem no desenvolvimento de estudos sobre o Manejo e Conservação de Recursos Pesqueiros de Águas Interiores, Aqüicultura, Ecologia Aplicada e de Ecossistemas, visando avaliar impactos ambientais em sistemas hídricos continentais. Conforme o integrante do grupo, professor Sérgio Makrakis, o Getech possui importante papel na formação de recursos humanos e na difusão de conhecimentos na região.

 Início

 Sérgio conta que este grupo surgiu após a volta dele e de sua esposa Maristela, dos E.U.A. Lá eles tiveram a oportunidade de aprofundar as discussões que vinham fazendo. “Buscávamos descobrir principalmente sobre o comportamento de movimentos/ ou migratórios de peixes. E este é hoje o grande foco do Getech”, afirma Sérgio. No momento o grupo é liderado pelos professores, Maristela Cavicchioli Makrakis e Vladimir Pavan Margarido.

 Parcerias

 Como explica Sérgio, atualmente o Getech executa diversos trabalhos, sendo que na maioria destes, são feitas parcerias com empresas que patrocinam essas pesquisas. Ele destaca uma  com a Companhia Energética de São Paulo (Cesp). O grupo mantém ainda trabalhos com o Macuco Safári e o Parque Nacional do Iguaçu, entre outros.

 Sobre os trabalhos desenvolvidos, o professor explica que basicamente são feitos levantamentos sobre os peixes que habitam estes locais, que seria a Ictiofauna. “Estes estudos no Parque Nacional do Iguaçu, vão desde as Cataratas, até a Foz no Rio Paraná, são quase 20 quilômetros de extensão e coletamos amostras em mais de 30 pontos do rio”, ressalta.

 Makrakis conta que ainda na parceria com a Itaipu, o Getech está executando um estudo sobre a migração dos peixes, que é um projeto de marcação e recaptura. “Nós coletamos o peixe, colocamos uma marca, que é feita através de um sistema de chip, e soltamos. Depois, conseguimos observar precisamente por onde que o peixe se deslocou”, afirma.

 Conforme o docente, o diferencial deste grupo está nas parcerias internacionais. “Desenvolvemos trabalhos com a Universidade do Mississipi (Mississippi State University), com o Serviço Geológico Americano, com o Laboratório Silvio O. Conte de Massachusetts, e com a Universidade de Valladolid da Espanha”, comenta.

 Segundo o professor, economicamente o grupo traz muitos recursos para a cidade de Toledo. Ele explica que por intermédio das pesquisas são captados recursos financeiros todos os anos, e essa quantia é usada para pagar funcionários, bolsistas e estagiários. “Este montante fica em nosso município, acho importante destacar isso, pois é necessário que Toledo perceba esta ação”.

 Artigos publicados

 O professor diz que todos estes estudos servem de embasamento para a publicação de artigos científicos. Ele explica que o Getech embora publique pouco, porque geralmente a duração dos trabalhos é longa, leva a sério seus trabalhos e por isso, estes artigos têm sido bastante citados inclusive internacionalmente. “A nossa filosofia é produzir pouco, mas bons trabalhos, para se ter boas informações”.

 Ele fala ainda sobre a importância do banco de dados que o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) possui. Neste banco de dados estão todos os grupos de pesquisas cadastrados e eles fazem relatórios a cada três anos sobre suas produções. “Então hoje a gente consegue saber o que as pessoas estão fazendo, e isso é bom porque nos mostra em que caminhos as pesquisas estão andando”, comenta.

 Sérgi acredita que embora toda a população seja beneficiada com um grupo de pesquisas igual a este, na prática cotidianamente, quem se beneficia primeiramente é o pequeno pescador, que trabalha de forma artesanal e que muitas vezes vive ou tem parte da sua renda na comunidade pesqueira. “Podemos dizer que nosso grande foco é este pequeno pescador”, comenta.

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