Americanos demonstram novo equipamento em Dia de Campo

O Campus de Toledo, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), por meio do Instituto de Pesquisa em Aquicultura Ambiental (InPAA) desenvolveu atividade com a empresa norte-americana “The Power House” e, na manhã da última terça-feira (19.06) promoveu um Dia de Campo. A ação consistiu na demonstração de um novo equipamento usado na aquicultura: um aerador, que tem a função de oxigenar a água.

 A equipe norte-americana, que está no Brasil e fez a demonstração junto ao InPAA, é composta pelo proprietário da empresa, John Blumenthal; dois engenheiros, Mike Myers e Eduardo Herrera; e também pelo consultor e professor emérito da Universidade Americana de Auburn - Alabama, John Jensen. Além da apresentação em Toledo, o grupo vai demonstrar os materiais em outras cidades do Paraná e também no estado do Mato Grosso.

 A parceria, segundo o diretor do InPAA, Robie Allan Bombardelli, surgiu por meio de Robert Gordon Hickson, um dos primeiros engenheiros de Pesca da região e que mediou o contato entre a empresa norte-americana e a Unioeste. Conforme Robert, a escolha pelo InPAA foi para valorizar o Centro de Piscicultura; valorizar o curso de Engenharia de Pesca e, principalmente, tornar público este conhecimento que é de interesse de todos.

Para Robie, a importância deste evento é a interação da Unioeste, dos acadêmicos, dos empresários e dos produtores locais com a empresa e a Universidade norte-americana. Ele diz que este Dia de Campo promove a aproximação entre alunos, produtores e fabricantes de equipamentos para a aquicultura.

A coordenadora do curso de Aquicultura da Universidade Federal do Paraná (UFPR) de Palotina, Lilian Dena dos Santos, esteve participando e diz que cada vez mais é procurado passar aos alunos novas tecnologias. “O nosso curso busca tentar melhorar a qualidade das águas para produzir mais peixes. Então, um novo aerador que oxigena a água nos interessa”, comenta.

 De acordo com John Jensen, que foi o porta-voz da equipe e aprendeu a falar português quando morou no Brasil, este novo aerador que está sendo demonstrado é uma tecnologia única porque o motor é totalmente submerso. Ele destaca ainda que os diferenciais deste aerador estão na eficiência quanto à incorporação de oxigênio na água e na durabilidade.

Robie destaca que, após as apresentações no Brasil, os americanos protendem doar estes equipamentos para a Unioeste. O engenheiro Robert destaca os benefícios que teriam os acadêmicos ao observar que “muitos estudantes estariam usufruindo dos equipamentos em suas pesquisas. Até mesmo para compará-los, com outros equipamentos nacionais e importados”.

 Produtores

Segundo Robie, este evento busca ser uma ponte entre o setor tecnológico e o setor produtivo. “Estamos tentando fazer uma difusão de tecnologias. Se o produtor vai achar viável e vai implantar fica a critério dele”. O diretor diz ainda que este evento demonstra o sentido da Universidade existir. “Não podemos só ensinar e desenvolver tecnologias é preciso também transferir essa tecnologia para que ela promova desenvolvimento regional”,diz.

 O piscicultor, Ilídio Dal Bosco,  disse que participar de algo assim é importante para conhecer equipamentos novos. O piscicultor utiliza aeradores em toda sua propriedade, porque eles são essenciais para a produção dos peixes. “Se você trabalha com aeração você pode trabalhar com alta produção, sem estes equipamentos você trabalha com produções mais baixas”.

 Viabilidade do equipamento

O engenheiro Robert destaca que antes deste equipamento ser comercializado no Brasil, ele precisará ser testado para comprovar sua viabilidade. “É preciso fazer modelos de testes,, medir as taxas de incorporação de oxigênio, a sua saturação na água para ver a eficiência do equipamento, comenta. 

Segundo Robie, os produtores locais, embora sejam bem abertos as novas tecnologias não adquirem equipamentos sem possuir segurança de sua eficácia. “Os produtores da região são experientes e precisam estar convencidos de que um novo equipamento será benéfico”.