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Inovação: Tecnologias despertam interesse de empresários do Paraná e Mato Grosso

A equipe do projeto Pró-Natureza Limpa do Campus de Toledo Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) esteve reunida na última sexta-feira com os empresários Alexandre Herculano Coelho de Souza Furlan, presidente da Plastibras Indústria e Comércio Ltda., atual vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso e vice-presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI-Brasil), e o empresário Hélio da Igreja, proprietário e diretor da Empresa Multipet, que atua na fabricação de máquinas sopradoras de plástico.

 Segundo o coordenador do projeto, professor doutor Camilo Freddy Mendoza Morejon, do curso de Engenharia Química, durante a reunião foram tratadas questões sobre inovações tecnológicas, transferência de tecnologia e criação de novos modelos de negócios, com base nas tecnologias desenvolvidas pelos professores dos cursos de Engenharia Química, Química, Ciências Econômicas e Agronomia da Unioeste.

 Transferência de tecnologia

No encontro, o professor Camilo, também responsável pela Divisão de Propriedade Intelectual do Núcleo de Inovações Tecnológicas (NIT/Unioeste), citou que a Universidade firmou contrato de transferência/licenciamento de tecnologia com a Empresa Pernambuco Biosolos Ltda, de Recife (PE).

 No contrato, num primeiro momento, está prevista a instalação de uma usina para o processamento de 40 toneladas de resíduos orgânicos doméstico, visando à agregação de valor, com base de tecnologia desenvolvida na Unioeste. Nessa instalação, em princípio, foi identificada a necessidade da construção de 1,2 mil reatores modulares e 1,2 mil células de evaporação/desidratação solar, todos feitos de plástico.

 Projeto é viabilizado

Ao tomar conhecimento do fato o empresário Hélio da Igreja, da Empresa Multipet, manifestou interesse na fabricação dos reatores desenvolvidos pela Unioeste, utilizando a tecnologia da rotomoldagem. Porém, ainda faltava definir a matéria prima para a fabricação dos equipamentos. Para resolver a questão da matéria prima, é que surge o empresário Alexandre Herculano Coelho de Souza Furlan, da Plastibras Indústria e Comércio Ltda.

 Casualmente, o empresário estava à procura de alguma aplicação inovadora para as 18 mil toneladas de resíduos de plástico que dispunha no Estado de Mato Grosso. “Era a peça que faltava. Agora, uma vez identificadas e definidas a importância de cada um dos atores do processo será possível viabilizar de forma mais efetiva a criação de novos modelos de negócios com base do aproveitamento/industrialização de resíduos”, comenta o professor Camilo.

 Resultados positivos

De um lado, o modelo de negócio e a tecnologia ambiental desenvolvida pela Unioeste, que está em fase de implantação no Estado de Pernambuco, possibilitarão um melhor aproveitamento da fração orgânica do lixo urbano doméstico (69% do lixo total) e, por sua vez, a matéria prima para a construção dos reatores e das células de evaporação/desidratação virá da reciclagem do plástico. “Isto propiciará uma melhor valoração dos resíduos, com impactos positivos no meio ambiental, na sociedade e com retornos econômicos”, afirma o professor.

 “O projeto é inovador e factível”, disse Alexandre Furlan, destacando, a partir de agora, a necessidade do envolvimento de uma cadeia de pessoas, que vem desde a academia (caso da Unioeste) até os empresários, responsáveis pela formatação do negócio, pela geração de empregos e pela introdução dos produtos no mercado. "Isso aqui é um noivado, ainda não é um casamento, mas é um noivado que tende a dar bons frutos para o futuro", observou o empresário.

 De acordo com o professor Camilo, os empresários saíram da reunião entusiasmados com a possibilidade de juntar esforços em torno de um objetivo comum qual seja: fazer com que os resultados da atividade intelectual, ganhem o mercado, atue em prol da sustentabilidade ambiental e atenda a população em geral.

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