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Estudantes e funcionários do HUOP apoiam paralisação na universidade

Cascavel (16 de fevereiro) - Docentes e técnicos da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) paralisaram as atividades nesta quinta-feira (16/02) nos campi da instituição em repúdio ao governo estadual pelo descumprimento do acordo e o rompimento do diálogo das negociações dos PCCSs (Plano de Cargos Carreiras e Salários) dos servidores.

 

O ato foi organizado pelo SINTEOESTE (Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior do Oeste do Paraná) - que representa tanto docentes quanto técnicos-administrativos - após aprovação em assembleia da categoria no dia 02 de fevereiro. “Nenhum docente, nenhum técnico, gosta de fazer paralisações, mas o governo Beto Richa nos obriga a isso em razão de romper com o diálogo sobre as negociações do PCCSs dos docentes e técnicos”, disse a professora Francis Guimarães Nogueira, presidente do SINTEOESTE.

 

Em acordo com os sindicatos que representam os trabalhadores das universidades estaduais, o Governo do Estado havia se comprometido a aprovar o Plano de Cargos dos docentes ainda em 2011, além de apresentar uma proposta aos técnicos em reunião que deveria ter ocorrido nesta quinta-feira (16) em Curitiba. Apesar disso, em audiência no último dia 02, o secretário da SETI, Alípio Leal Neto, informou que o governo não apresentaria uma contra-proposta aos docentes, além de suspender a reunião que estava agendada com os técnicos.   

 

A paralisação desta quinta-feira recebeu apoio dos funcionários do HUOP (Hospital Universitário do Oeste do Paraná) que, apesar de não pararem suas atividades, usaram faixas pretas como forma de protesto e repúdio ao governo. “Todo funcionário quer avançar na carreira, por isso estamos lutando pelo PCCS, que vem sendo barrado por esse governo. Apesar de não pararmos, somos solidários ao movimento, pois é uma forma de mostrarmos que não estamos contentes com essa situação”, disse Rubens Pizzoletto, auxiliar de serviços gerais do HUOP.

 

Outro setor que aderiu ao protesto foi o movimento estudantil.  “Estamos juntos com os professores e técnicos nessa luta, pois esse descumprimento por parte do governo é mais um sinal de como ele vem conduzindo a educação universitária, sucateando as universidades, fazendo cortes e negando as mínimas condições aos funcionários”, falou Elio Jacob Junior, presidente do DCE (Diretório Central de Estudantes) de Cascavel. “A luta do PCCS não é isolada, ela indica o caminho tomado por esse governo, de uma ofensiva contra a educação pública”, completou Anderson Tosti, da UPE (União Paranaense dos Estudantes).

 

Nos campi de Cascavel e Francisco Beltrão, a paralisação de docentes e técnicos foi total, enquanto nos campi de Foz do Iguaçu, Marechal Cândido Rondon e Toledo aconteceram paralisações parciais ao longo desta quinta-feira (16).  A presidente do SINTEOESTE alerta para outras paralisações nas universidades estaduais. “Serão feitas paralisações pontuais até que o governo saia dessa posição de intransigência, cumprindo o que prometeu aos docentes e apresentando uma proposta concreta aos técnicos”, afirmou a sindicalista.

 

*Assessoria de Comunicação da Sinteoeste

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