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Atendimento humanizado: Huop e IML definem mudanças no fluxo de atendimento de vítimas de abuso sexual

O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop) é referência para atendimento de vítimas de abuso sexual e agora terá atendimento unificado ao Instituto Médico Legal (IML). As vítimas de violência sexual serão encaminhadas ao Huop, logo após registro do boletim de ocorrência, e é no hospital que o laudo pericial também será realizado pelos médicos legistas do Instituto Médico Legal de Cascavel, “sem a necessidade de que a vítima se desloque para mais um local, e se exponha mais uma vez. Esse fluxo visa um atendimento mais humanizado, e garante a assistência necessária”, afirma o diretor do Instituto Médico Legal do Paraná, André Ribeiro Langowski, durante a visita ao Huop nessa segunda-feira (19).
 
De acordo com o diretor do IML do Paraná, várias cidades já realizaram a mudança nesse fluxo. Ele ainda ressalta que esse protocolo é válido para casos que tenham ocorrido em até 72 horas. “Esse é o período em que o exame consegue mais chances de vestígios para identificar o agressor, e é essa a urgência da Medicina Legal”, explica André Ribeiro.
 
O laudo pericial será realizado pelos médicos legistas do IML no hospital de referência, após a requisição que deve ser feita Delegacia de Polícia Civil ou delegacias especializadas. “Essa discussão já iniciou há algum tempo, e é muito importante estabelecer esse novo fluxo. Enquanto enfermeiro, diretamente na assistência, lembro como era difícil para a vítima essa exposição. Poder minimizar isso torna o atendimento muito mais humanizado”, avalia o diretor geral do Huop, Rafael Muniz de Oliveira.
 
O Huop já é referência para atendimento de vítimas de violência sexual, disponibiliza medicamentos necessários, e ainda pode realizar a interrupção da gravidez em casos de estupro. “Aqui a vítima recebe todo o atendimento necessário, também da equipe multidisciplinar, atendimento psicológico, do Serviço Social, entre outros. O fato de fazer o laudo pericial no hospital é benéfico por ser um ambiente diferente de uma delegacia”, explica o assessor técnico da Direção Clínica do Huop, Sérgio Nascimento Pereira.
 
Os órgãos de atendimento serão informados sobre o novo fluxo que deve ser iniciado já em 01 de agosto. “Tínhamos uma grande expectativa para que isso acontecesse, pois sabemos o quanto é difícil para quem passa por uma situação como essa precisar contar várias vezes a história. Vamos apoiar e instruir os municípios no que for necessário sobre esse novo fluxo para as vítimas”, diz a chefe da 10ª Regional de Saúde, Lilimar Regina Mori.
 
O secretário de Saúde de Cascavel, Miroslau Bailak, também enfatizou a importância da mudança desse fluxo. “É um grande resultado da humanização do atendimento nessa situação de violência. Tenho certeza que será um trabalho muito benéfico”, ressalta.
 
A reunião que definiu essas mudanças contou ainda com a participação da promotora de Justiça Titular da 15ª Promotoria de Cascavel, Andrea Frias, delegada da Mulher de Cascavel, Barbara Raquel Valeski Strapasson, o presidente da Comissão de Saúde e Assistência Social da Câmara de Vereadores de Cascavel, Edson Souza, a diretora de Enfermagem do Huop, Sara Treccossi, o diretor administrativo do Huop, Rodrigo Barcella e o diretor pedagógico do Huop, Alex Sandro Jorge.
 
VISITA AO SERVIÇO DE VERIFICAÇÃO DE ÓBITOS
 
Durante a visita ao Huop, o diretor do Instituto Médico Legal do Paraná, também conheceu a estrutura do Serviço de Verificação de Óbitos Regional (SVOR), que realiza a verificação de óbitos de causas naturais, sem causa definida.

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